André Villas-Boas surpreendeu com uma frente de ataque inovadora, onde Hulk ocupou o lugar de ponta de lança, apoiado por James Rodriguez à esquerda e Varela no flanco direito.
O 4X3X3 portista não só deixou no banco o avançado brasileiro Walter, que tem sido o eleito perante a lesão de Falcao, como o médio Fernando, que regressou à convocatória após longa paragem, mas foi preterido por Guarín no miolo do terreno.
E a opção de Villas-Boas não poderia ter sido mais acertada, desde logo porque foi dos pés do médio colombiano que saiu o primeiro golo “azul e branco”.
Um enorme pontapé – na distância e na potência – levantou o Estádio do Dragão, que viu Guarín a mais de 35 metros acertar na baliza defendida por Marcelo Boeck.
E se o golo do FC Porto surgiu aos 37 minutos, antes, o melhor que os “dragões” conseguiram fazer foi um remate às malhas laterais da baliza maritimista, por intermédio de Varela (11 minutos), e um cabeceamento de James Rodriguez (29) que saiu milímetros por cima do travessão.
O Marítimo, que nunca venceu em casa do FC Porto e perseguia o recorde de Augusto Inácio, na época 1997/98, com nove jogos sem perder, optava por surpreender os portistas em contra ataque, beneficiando da velocidade dos avançados Baba e Djalma.
Em cima do apito para o intervalo o FC Porto poderia ter dilatado a vantagem, só que o remate de João Moutinho encontrou o poste direito da baliza insular.
Hulk reforçou o estatuto de líder dos marcadores do campeonato aos 60 minutos, marcando, com uma “bomba”, o segundo golo da noite, o 20.º da sua conta pessoal nas várias competições e 14.º na Liga.
Três minutos volvidos, James Rodrigez, quase imitava Hulk, mas foi a equipa do Marítimo que, aos 70 minutos, reduziu a desvantagem, por intermédio de Baba, que apareceu solto no coração da área de Helton.
Balanceado no ataque, atrás do prejuízo, a equipa de Pedro Martins abriu brechas na zona defensiva e, aos 75, Guarín bisou na partida, com mais um bom apontamento técnico, desta vez, num remate mais em jeito que em força.
A contagem portista só terminou a dez minutos do fim, quando Hulk rompeu o flanco esquerdo e ofereceu o golo a James Rodriguez.
A goleada estava consumada e André Villas-Boas teve ainda tempo de fazer a vontade aos adeptos que viram, 300 dias depois da lesão, Mariano González pisar de novo o relvado do Dragão.