Federação Agrícola defende “discriminação positiva” nos apoios do próximo QCA

O presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, considerou que existem “bons pressupostos” para que o próximo Quadro Comunitário de Apoio contemple ajudas “mais acentuadas” para o sector na região, defendendo “uma discriminação positiva” para o arquipélago.
“Penso que temos bons argumentos para trabalhar para o próximo Quadro Comunitário de Apoio. As ajudas são necessárias e indispensáveis para a coesão económica e social de todas as ilhas e para a economia, que tem como pilar o sector agrícola”, afirmou Jorge Rita em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário regional da Agricultura, Noé Rodrigues.

Numa altura em que se vão iniciar em Bruxelas as negociações, Jorge Rita sublinhou a importância de um trabalho preparatório “na região”, posteriormente “acompanhado pela ministra da Agricultura, em Bruxelas”, considerando como “boa base” para discussão dos montantes do próximo Quadro Comunitário de Apoio “os dados estatísticos do último recenseamento”.

Por seu lado, o secretário regional da Agricultura manifestou-se confiante na manutenção da discriminação positiva para os Açores no que se refere aos apoios comunitários, salientando que “esta tem sido sempre a reivindicação” das autoridades regionais.

“Temos, do ponto de vista geográfico, condições que nos penalizam de forma persistente e creio que vamos continuar a ter as condições para discriminar positivamente a ajuda aos nossos agricultores”, afirmou, acrescentando que os agricultores açorianos “têm aproveitado como nenhuns outros” os apoios comunitários em termos de investimento e modernização das suas explorações.

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