Federação Europeia dos Sindicatos de Transportes contra voos `low cost` para os Açores

aeroporto-sao-miguel“Não somos grandes adeptos desta nova mania das companhias ‘low-cost’.  Muitas vezes os baixos custos no transporte aéreo baseiam-se na diminuição  de direitos sociais, no desrespeito de normas de segurança e não podemos  pactuar com isso de maneira nenhuma”, afirmou Eduardo Chagas. 

 

O secretário-geral da Federação Europeia dos Sindicatos de Transportes  falava aos jornalistas à margem do congresso da organização, que hoje começou  em Ponta Delgada e decorre até sexta-feira.

Eduardo Chagas declarou não acreditar que as low cost resolvam o problema dos Açores, considera que devem antes ser a TAP e a SATA que devem baixar os preços, numa perspectiva de serviço público: “As próprias empresas que têm o monopólio na região podem ter um serviço  público dirigido aos cidadãos, que permita melhor aceder a essa mobilidade”
 
Eduardo Chagas reconheceu, no entanto, que existem políticas na União  Europeia que limitam a capacidade dos governos intervirem financeiramente,  com o argumento de distorção da concorrência. 

Estar limitado a uma ilha não tem que ser uma fatalidade. É preciso  proporcionar as condições para exercerem este direito que é a mobilidade“,  defendeu, assinalando o desenvolvimento que se tem verificado  nos últimos anos nos Açores ao nível da capacidade turística e do aumento  da procura por este destino. 
 
Daí que, na sua perspectiva, a aposta deve também passar pelo investimento  nos transportes marítimos, citando o exemplo da Espanha, que mantém com  as ilhas Canárias carreiras regulares que são rentáveis.
Foi este o recado enviado aos governantes por Eduardo Chagas, o secretário geral da Federação Europeia dos Sindicatos dos transportes, no dia em que Ponta Delgada acolhe 500 sindicalistas de toda a Europa, para discutir o futuro do sector dos transportes.

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