Federação quer acesso facilitado às cédulas marítimas

A Federação de Pescas dos Açores esteve esta terça-feira reunida com o presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, numa tentativa de sensibilizar Francisco Coelho para a necessidade de adaptar à região o diploma que facilita o acesso às cédulas marítimas.
“Esta legislação permitirá resolver o problema de muitos pescadores que estão impedidos de exercer a sua actividade”, afirmou José António Fernandes, porta-voz da federação, em declarações aos jornalistas no final do encontro, que decorreu na sede do parlamento açoriano, na Horta.

Em causa está o facto da actual lei exigir a escolaridade obrigatória a todos os que pretendam tirar a cédula marítima, para exercer a actividade da pesca.

“Nos Açores, existem cerca de meio milhar de pescadores sem cédula marítima”, frisou José António Fernandes, salientando que estes profissionais aguardam por uma alteração da lei para poderem exercer legalmente a actividade.

Nesse sentido, o encontro de hoje com o presidente do parlamento açoriano teve como objectivo sensibilizar para a necessidade de adaptar à região o Regime de Inscrição Marítima (RIM), que está em vigor no continente desde Outubro de 2001 e, segundo os pescadores, facilita o acesso à cedula marítima.

A Federação de Pescas dos Açores estima que existam actualmente no arquipélago cerca de quatro mil pescadores, dos quais meio milhar apenas possuem licença de embarque, não dispondo de cédula marítima.

Nos Açores estão registadas 697 embarcações de pescas, dispondo o arquipélago de 46 portos pesqueiros.

Lusa

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