A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, afirmou hoje, em Ponta Delgada, que não discriminará nenhuma região pela cor política, afirmando que os receios manifestados pelos socialistas açorianos “são um papão para que as pessoas votem com medo”.“Isso são papões que são lançados às populações, é não falar verdade às pessoas, é induzir num erro para que votem com medo”, afirmou Manuela Ferreira Leite, em declarações aos jornalistas. Relativamente à questão das finanças regionais, a líder social-democrata deu a “certeza absoluta” de que um governo sob a sua liderança “não tomará nenhuma decisão contra uma região em função da sua cor politica”.
“Eu tenho sentido de Estado”, frisou, assegurando que o PSD “respeita a autonomia” e não toma decisões em função dos resultados eleitorais.
“Não me vou vingar dos açorianos, que são portugueses como os outros”, acentuou, rejeitando as acusações feitas pelos socialistas açorianos, segundo as quais a região perderá fundos caso o PSD vença as eleições legislativas.
Manuela Ferreira Leite, que esteve hoje de manhã reunião com associações empresariais e sectoriais de S. Miguel, destacou as preocupações que lhe foram colocadas ao nível da agricultura, criticando a actuação do ministro Jaime Silva. “O ministro da Agricultura não existiu, não foi bom nem mau. Não é possível um ministro que tem o objectivo de destruir o sector pelo qual é responsável”, afirmou.
Segundo Manuela Ferreira Leite, com o actual governo “foi a primeira vez” que Portugal perdeu dinheiros comunitários na área da agricultura. “O ministro ainda conseguiu a proeza de, num momento de desemprego, fazer com que o sector da agricultura não seja um refúgio para quem não tem trabalho”, acrescentou.
Nas declarações aos jornalistas, antes de um almoço com militantes, a presidente do PSD ainda se referiu ao debate com José Sócrates, considerando que ele permitiu demonstrar as diferenças existentes ao nível “das propostas e da atitude perante a política”. “Quem propôs algo diferente para o país fui eu, José Sócrates propôs continuar o que está a fazer”, acrescentou.
Lusa
