O XIV JUVEARTE, festival de teatro dos Açores, arranca no dia 18 de outubro e vai decorrer em quatro ilhas e contará com a participação de sete grupos do arquipélago e do continente.
S. Miguel, Faial, S. Jorge e Flores são as ilhas que receberão a edição deste ano do JUVEARTE, organizado pela Associação de Juventude de Candelária.
Uma das novidades deste edição é um ‘workshop’ e uma sessão de ‘poetry slam’, nos dia 18 e 19 de outubro, no Ateneu Criativo de Ponta Delgada, em que “qualquer pessoa pode participar com poesia de improviso”, segundo João Pereira, da Associação de Juventude de Candelária.
Ainda em Ponta Delgada, o Coliseu Micaelense será o palco em que atuará a atriz Rita Ribeiro, no dia 24 de outubro, protagonista da peça “Gisberta”, da Yellow Star Company, de Lisboa.
Mais duas peças serão representadas no Coliseu Micaelense: “Antes de Começar” (do Teatro Giz da Horta, a 25 de outubro) e “O medo que o general não tinha” (do Teatro da Palmilha Dentada, do Porto, a 26 de outubro).
Ao Faial irá a associação Arte Palco da Ribeira Grande (S. Miguel), no dia 19, com a peça “De olhos fechados”.
S. Jorge recebe também no dia 19, no Auditório Municipal de Velas, a peça “Elas e a fama – o teatro no teatro”, do grupo A Jangada, de Santa Cruz das Flores.
Já o grupo Alpendre, de Angra do Heroísmo, irá às Flores, ao salão do Clube Desportivo Os Minhocas de Santa Cruz, com a peça “A colmeia”.
O programa integra ainda o “Espetáculo quase espetacular”, do grupo Fungismagictruxis, de S. Miguel, que será representado na escola da Maia, na Ribeira Grande.
Na apresentação do festival, hoje, em Ponta Delgada, João Pereira lembrou que a “aventura” de levar o festival a outras ilhas além de S. Miguel começou há cinco anos, sublinhando que “continua a haver falta de intercâmbio cultural” dentro dos Açores.
Como exemplo, disse que a ida a S. Jorge será “quase a única vez” que o grupo A Jangada sairá das Flores.
João Pereira deixou por isso o “grito” dos atores e da organização do festival para que o Governo Regional promova mais o intercâmbio cultural entre as ilhas, tal como acontece a nível desportivo com a realização, por exemplo, do campeonato regional de futebol.
O presidente da Associação de Juventude de Candelária referiu que no inverno, por exemplo, os aviões que ligam as ilhas “vão vazios”, tendo lugares suficientes para fazer deslocar os grupos.
A este propósito, referiu que os objetivos para o futuro são continuar a mobilizar cada vez mais parceiros nos Açores, que permitam não só garantir que o JUVEARTE continue a realizar-se, mas que seja alargado a mais ilhas.
Lusa