O festival MusicAtlântico ganha este ano uma nova dimensão, transformando-se em Temporada regional com uma programação dilatada ao longo de todo o ano e incorporada por diversas expressões culturais.
Na apresentação do programa, quarta-feira à noite no Auditório Municipal das Velas, numa sessão presidida pelo presidente do Governo, Carlos César, a directora Regional da Cultura explicou que o festival criou novas exigências culturais, justificando-se uma oferta mais alargada e orientada para novas propostas.
Ao longo de 10 meses, incluirá 110 iniciativas, entre concertos, debates, exposições, workshops, dança e teatro.
Celebrando o Ano Internacional da Astronomia, a Temporada MusicAtlântico 2009 terá como temática “A Harmonia das Esferas”.
O programa compreende um ciclo destinado às Filarmónicas, com concertos, acções de formação junto dos músicos e maestros e iniciativas que visem a reconversão dos seus reportórios.
Está previsto, também, um workshop para escritores de teatro cómico, com o objectivo de dar novos contributos à escrita criativa.
Um dos ciclos emblemáticos desta temporada será dedicado a Amália Rodrigues, ocasião para ouvir, pela primeira vez nos, Açores a fadista Joana Amendoeira e o instrumentista António Eustáquio no seu “Guitolão”, instrumento sonhado por Carlos Paredes, indicou Gabriela Canavilhas.
Até ao fim de 2009, passarão nos Açores a Orquestra Nacional do Porto, a Companhia de Teatro Chapitô, com “A Tempestade” de Shakespeare e a Ópera “La Spinalba” do compositor português setecentista Francisco António de Almeida, pelos Músicos do Tejo.
Gabriela Canavilhas pretende que a Temporada constitua o embrião de uma orquestra integrada por músicos residentes na Região e que terá a designação de “Orquestra Francisco Lacerda”.
A directora Regional da Cultura considera que “os Açores já merecem ter uma orquestra”.