“As homenagens nunca se pedem, nem nunca se recusam, aceitam-se, porque partimos sempre do princípio que o seu sentimento é genuíno”, disse à Agência Lusa Figo, que se junta assim no “Passeio dos Campeões” a Eusébio, um dos homenageados na edição de 2003.
Para Figo, o facto de a homenagem assim ser feita é especialmente emblemática: “Aquilo que sou e a história que escrevi deve-se em grande parte à marca que hoje vou deixar num passeio do Mónaco: os meus pés. É evidente que eles foram responsáveis por executar aquilo que a minha cabeça pedia”, explicou.
“O futebol deu-me o que sou e o que serei e aquilo que posso fazer, a todos aqueles que me apoiaram e me seguiram durante toda a minha carreira, é retribuir preservando a memória do futebolista que fui e do homem que sou. Obrigado a todos, principalmente a quem se lembrou de me incluir neste restrito grupo de futebolistas a quem decidiram prestar esta homenagem”, disse ainda Luís Figo à Lusa.
Na mesma ocasião, entraram para o “Passeio da Fama” mais três antigos jogadores: o holandês Ruud Gullit, o argelino Rabah Madjer e o ganês Abedi Pele.
O “Passeio dos Campeões” foi criado em 2003, numa iniciativa da Golden Foot, e nesse ano os escolhidos para deixar as primeiras marcas foram Eusébio, o argentino Diego Maradona, o francês Just Fontaine e o italiano Gianni Rivera.
A lista foi crescendo anualmente e no ano passado eram já 36 lendas do futebol homenageadas, não se repetindo no entanto, até hoje, a presença de um português.
Ao mesmo tempo, a Golden Foot promove anualmente a escolha de um jogador, ainda em atividade e com pelo menos 29 anos de idade e uma carreira brilhante.
Esse prémio já foi atribuído, entre outros, a Robert Baggio, Ronaldo, Pavel Nedved e Andrey Shevchenko. Entre 2003 e 2009 Luís Figo foi sempre um dos dez finalistas nomeados.
A Espanha lidera a lista de finalistas de 2011, com quatro nomeados.