O XVII FIKE – Festival Internacional de Curtas-Metragens de Évora arrancou esta segunda-feira, numa edição que assinala o 20.º aniversário da criação do FIKE, um “marco importante” na vida deste festival, desde o seu início comprometido com a promoção e divulgação do cinema e com a formação de públicos.
Na sessão de abertura, Luís Pereira, Diretor do Festival, destacou a importância deste “projeto cultural âncora para a cidade de Évora”, considerando que, num ano marcado pela pandemia de COVID-19, foi um “enorme desafio” construir esta edição do FIKE, que exigiu um esforço acrescido para a seleção dos filmes, para a programação das várias mostras paralelas, assim como para garantir a presença de cineastas de renome de várias partes do mundo, ainda que não tenha sido possível garantir a presença física de todos.
O FIKE 2021, que decorre até 25 de setembro, tem Cuba como país convidado e apresenta 43 filmes a concurso, provenientes de duas dezenas de países, nas categorias de Ficção, Animação e Documentário.
Este ano estão a concurso filmes de Portugal, Suíça, Jordânia, Reino Unido, Itália, Taiwan, França, Alemanha, Turquia, Irão, Perú, Espanha, Bielorrússia, Polónia, Coreia do Sul, Índia, Israel, Canadá, Federação Russa e Brasil, selecionados entre os 3.116 filmes que se apresentaram a concurso, oriundos de 120 países de todo o mundo.
Um dos filmes em competição tem os Açores como cenário. ” O que não se vê” (what Is Not Seen), de Paulo Abreu, foi rodado Pico e Faial, entre 2015 e 2016, e a ideia “aconteceu por acidente”. Ao voltar às filmagens de uma repérage para um projecto anterior cancelado anos antes, outro filme foi encontrado. “Um filme escondido, onde o poder da Natureza e o papel do acaso no processo criativo constroem uma narrativa sobre a amizade, o cinema e a influência do inesperado na criação artística”.
O FIKE 2021 vai homenagear o cineasta português António Pedro Vasconcelos, numa cerimónia que vai decorrer a 22 de setembro, pelas 19H00, e inclui a apresentação do filme “Jaime” e no dia 25 de setembro com a entrega do galardão do festival.
O festival apresenta ainda um vasto programa de iniciativas paralelas, que inclui uma Mostra de Cinema Cubano, uma Mostra do KISFF – Kyiv International Short Film Festival (Ucrânia), uma Mostra de Cine Africano (Espanha), uma Mostra do Cinemazónia (Brasil) e uma Mostra do Festival Brasileiro de Nanometragens.