O Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores dispõe desde esta segunda-feira de uma câmara hiperbárica, a terceira existente na região, mas não tem ainda médico para operá-la.
O novo equipamento, inaugurado hoje pelo presidente do Governo Regional no âmbito de uma visita estatutária à ilha, permitirá, por exemplo, socorrer vítimas de acidentes de mergulho, mas terá de ser operada por um médico vindo da Horta, na ilha do Faial, ou de Ponta Delgada (onde existem equipamentos semelhantes), na ilha de São Miguel.Uma fonte da Secretaria Regional da Saúde disse que, independentemente da ausência de um médico especializado, a câmara hiperbárica das Flores “é sempre uma mais valia”, já que, em caso de acidentes, não será necessário fazer deslocar o doente (procedimento sempre difícil em caso de descompressões mal feitas), mas apenas o especialista.
O Governo Regional prevê também dar formação específica a um dos clínicos que desempenha funções na ilha, para que possa operar com o equipamento em situações pontuais.
Sem referência a estas questões, na cerimónia inaugural da câmara hiperbárica, o presidente do Governo Regional, Carlos César, destacou a importância daquele equipamento para as ilhas do Grupo Ocidental (Flores e Corvo), como forma de “compensar o seu isolamento territorial” em relação a outras unidades de saúde da região melhor apetrechadas.
“Esta câmara hiperbárica corresponde também a mais um investimento que realizamos aqui neste centro de saúde”, realçou o chefe do executivo, lembrando que há poucos meses foi inaugurada uma valência de hidroterapia.