FNE teve garantia de que professores das regiões autónomas poderão concorrer ao Continente

A Federação Nacional da Educação (FNE) afirmou  que teve do Ministério da Educação e Ciência a garantia de que os professores  dos Açores e Madeira poderão concorrer aos concursos de colocação em igualdade  de circunstância com os do Continente. 

Em comunicado emitido hoje, a FNE afirmou que o projeto de regulamento  de concursos a que chegou a acordo com a tutela “estipula que os docentes  a exercer funções nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira possam concorrer,  em igualdade de circunstâncias (1 prioridade) com os docentes a exercer  funções no Continente, aos concursos interno, externo e de contratação”.

O Governo Regional dos Açores tinha considerado na semana passada “inadmissível”  a discriminação dos professores que trabalham na região na proposta de decreto-lei  apresentada pelo Ministério da Educação para o concurso de pessoal docente.

“A proposta coloca os docentes que trabalharam ou trabalham nas regiões  na segunda prioridade, enquanto na primeira prioridade ficam os docentes  que prestaram serviço vinculados ao Ministério da Educação”, afirmou a secretária  regional da Educação, Cláudia Cardoso, em declarações à Lusa. 

Para a responsável, trata-se de uma “discriminação inadmissível dos  docentes que prestaram ou prestam serviço na região”, acrescentando que  a colocação na segunda prioridade “dificulta a sua mobilidade e o acesso  a prestar serviço nas escolas do território continental”. 

“No concurso regional, é garantida aos docentes a possibilidade de  se candidatarem independentemente da zona do território nacional onde se  encontrem, enquanto no concurso nacional o ministério veda essa possibilidade”,  assinalou. 

A FNE destacou que as regiões autónomas têm “autonomia legislativa”  com um Estatuto de Carreira e legislação de concursos própria, que não preveem  que “possa haver mobilidade de docentes para o Continente nem do Continente  para cada uma destas regiões, exceto os concursos interno, externo e de  contratação”. 

A federação garante que o Ministério se comprometeu a acertar com as  secretarias regionais de educação das regiões autónomas uma “articulação  de posições” para que não existam discriminações “quer para os docentes  a exercer funções no Continente, quer para os docentes a exercer funções  nas Regiões Autónomas”. 

 

Lusa

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