Foi hoje reaberto ao público o Núcleo de Santo André do Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, depois de uma intervenção orçada em cerca de 900 mil euros, e que sofreu sucessivos atrasos e reveses, tendo permanecido encerrado durante 10 anos.
Presente na cerimónia, o Secretário Regional da Educação e Cultura manifestou sentir-se “particularmente feliz”, apesar de ter “um conhecimento mais distante de todas as etapas e de todos os problemas que obrigaram a que esta reabertura fosse, contra a vontade do Governo, tão tardia”.
Avelino Meneses, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de reabertura desta unidade museológica da ilha de S. Miguel, frisou que “neste momento, não importa muito olhar para trás, mas sim entender o presente e, sobretudo, projetar o futuro”.
Nesse sentido, salientou que, na próxima legislatura, há condições para concretizar a segunda fase das obras de requalificação e de construção no espaço adjacente ao que hoje foi reaberto, num investimento que deverá ascender a cerca de quatro milhões de euros.
O titular da pasta da Cultura sublinhou que o Governo dos Açores tem vindo a concretizar uma política museológica de âmbito global para a Região.
“O nosso objetivo é criar uma unidade museológica em cada uma das ilhas, independentemente dessa unidade museológica poder ter um ou mais polos”, afirmou.
“Fico particularmente feliz neste termo de legislatura porque esse objetivo aproxima-se do seu fim, porque finalmente, com a implementação do projeto do Ecomuseu do Corvo, temos já em vista a existência dessa tal unidade museológica em cada uma das nossas ilhas”, salientou.
O Secretário Regional da Educação e Cultura recordou que, nos últimos anos, o Governo dos Açores procedeu, na área da cultura, a outros investimentos significativos que se traduziram, nomeadamente, na reabertura do Museu das Flores, na implementação do Ecomuseu do Corvo, através da construção do Museu do Tempo, e do Núcleo de História Militar ‘Manuel Coelho Baptista de Lima’, do Museu de Angra do Heroísmo.
A reabertura do Núcleo de Santo André, instalado num edifício cuja construção remonta a 1567, significa também o “compromisso” do Governo dos Açores com a conservação do património cultural, enquanto valor coletivo e identitário, frisou Avelino Meneses.