O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou hoje, na Praia da Vitória, que “não há forma mais económica” de exportar, do que “fazer com que quem nos visita consuma os nossos produtos”.
Vítor Fraga, que falava nas comemorações do Dia Nacional da Gastronomia, salientou que a gastronomia também serve para, “utilizando aquilo que nos carateriza enquanto povo e que reflete aquilo que é a nossa história, de Santa Maria ao Corvo, utilizarmos os nossos produtos, neste que é um dos principais produtos turísticos de qualquer destino”.
“Nenhum de nós, certamente, fica indiferente àquilo que come quando vai de férias e, muitas vezes, retém-no, por muito tempo, quando a experiência é boa. Aquilo que pretendemos é que, efetivamente, quem venha aos Açores, tenha uma boa experiência, nomeadamente ao nível gastronómico”, frisou o titular da pasta do Turismo.
O Secretário Regional adiantou que estas comemorações do Dia Nacional da Gastronomia foram realizadas na ilha Terceira “porque se enquadra claramente na estratégia que está delineada ao nível do turismo dos Açores, identificando a Terceira como sendo um dos ‘spots’ especialistas naquilo que é o contexto da oferta global do Turismo dos Açores, no que se refere à gastronomia e vinhos”.
“Se é certo que o turismo dos Açores vive um novo momento, um novo período de desenvolvimento, não podemos esquecer que 2015 assumiu-se como o melhor ano de sempre do turismo na nossa Região e que existe um conjunto de indicadores, já no primeiro trimestre e quadrimestre de 2016, que mostra que estamos numa trajetória de consolidação que visa a sustentabilidade do setor”, frisou Vítor Fraga.
“Nos primeiros quatro meses deste ano, temos mais de 330 mil pessoas desembarcadas nos nossos aeroportos, o que significa um crescimento de 78 mil passageiros, ou seja, mais 31,2%, de uma forma transversal a todas as nossas ilhas”, sublinhou o Secretário Regional, acrescentando que “praticamente todas crescem a dois dígitos, o que dá bem mostra do sucesso que está a ser, por um lado, o novo modelo de acessibilidades à Região e, por outro lado, a revisão das obrigações de serviço público do transporte aéreo interilhas, que promove uma maior mobilidade entre todas as ilhas, contribuindo naturalmente para aquele que é o desenvolvimento de um setor estratégico para a Região”.
“Não nos podemos esquecer que, ao nível da hotelaria tradicional, com o crescimento que temos ao nível das dormidas, temos um outro indicador que é muito importante e que se prende com os proveitos, sendo que praticamente todas as ilhas crescem em termos de proveitos, ou seja, está a contribuir de uma forma determinante para aumentarmos a rentabilidade das várias unidades, contribuindo para a sua sustentabilidade e para que elas preservem e criem mais postos de trabalho”, acrescentou.
Na sua intervenção, recordou que “o turismo nos Açores só é bom se for efetivamente bom para quem cá vive”, salientando que o que é bom para quem vive nos Açores “traduz-se em três fatores essenciais: gerar riqueza, criar e preservar postos de trabalho”.
“É isto que nós pretendemos, com outros três vetores que são indissociáveis: a sustentabilidade económica das várias unidades, a sustentabilidade ambiental e a sustentabilidade social”, frisou Vítor Fraga.