O Presidente do parlamento açoriano disse hoje que não vê razões jurídicas que impeçam uma recandidatura de Carlos César à presidência do Governo Regional.
Questionado sobre a necessidade de se promover a alternância no poder, o Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, disse que o seu partido está à vontade porque “foram Carlos César e o PS que sugeriram a limitação de mandatos no novo estatuto dos Açores.”
“Não está nos meus planos, nem nos meus sonhos, ser presidente do governo regional”, disse Francisco Coelho, para quem a recondução de Carlos César seria útil à região.
Entrevistado pelo jornalista Pedro Moreira, o presidente da assembleia considerou que, na eventualidade da extinção do cargo de Representante da República, os seus poderes “devem ser entregues a orgãos regionais já existente ou a criar”.
Francisco Coelho disse que o recente debate sobre o assunto, no parlamento regional, mostrou que, se os partidos estão de acordo quanto à extinção do cargo, “ainda não há um consenso claro sobre a quem entregar os poderes do Representante da República”.
O político, de 44 anos, que exerceu funções de Secretário Regional da Saúde, aplaudiu a forma como o actual secretário, Miguel Correia, contestado pelos médicos por acabar com algumas prevenções, “está a exercer o seu mandato”.
“Miguel Correia tem razão nas medidas que tomou porque é necessário racionalizar e as pessoas têm de perceber que as prevenções são regimes de excepção”.
Finalmente, o presidente da assembleia diz que o seu mandato fica marcada “pelo aumento da pluralidade, decorrente do novo sistema eleitoral”.
PC, com um deputado, Bloco de Esquerda, com dois, e PPM, com um, deram um novo pluralismo aos trabalhos parlamentares.
Francisco Coelho diz ainda que tem a noção de que “as pessoas têm uma visão positiva dos trabalhos parlamentares” e aponta o sítio da assembleia na Internet como grande veículo de promoção.
Numa entrevista intimista, ficou ainda a saber-se com ovo estrelado com linguíça é o prato preferido do presidente do parlamento dos Açores e que o Benfica é o seu clube de eleição.