António Fonseca, funcionário político de 51 anos, apresentou-se hoje como candidato da CDU à Câmara Municipal da Praia da Vitória, na ilha Terceira, elegendo como prioridade as medidas de apoio às famílias carenciadas, aos desempregados e aos idosos.
“A situação económica das famílias piora de dia para dia, já não tendo rendimento suficiente para responder às suas necessidades e respeitarem os seus compromissos, o seu rendimento médio é cada vez mais reduzido, devido a uma política de baixos salários, cortes nas pensões e reduções das prestações sociais”, salientou, numa conferência de imprensa na zona balnear dos Biscoitos.
António Fonseca considerou que a candidatura da CDU nas autárquicas de 29 de setembro é uma “alternativa para os eleitores que não se reveem nas cores políticas dos partidos que por norma ganham sempre as eleições neste concelho”.
“As listas da CDU são compostas por cidadãos trabalhadores honestos e empenhados que estão sempre na primeira linha da defesa dos interesses das populações, dos mais desprotegidos, dos desempregados, dos idosos e de todos aqueles que são vítimas das desigualdades sociais que se acentuam neste concelho”, frisou.
O candidato da CDU alertou também para o desemprego no concelho, salientando que a ameaça de despedimentos na Base das Lajes a concretizar-se “resultará numa situação social com contornos extremamente graves”.
António Fonseca acusou PS, PSD e CDS-PP de apresentarem “soluções milagrosas para resolver os problemas dos concelhos, quando a nível nacional e regional, impõem restrições orçamentais, asfixiando os municípios e retirando-lhes os meios e as verbas necessárias para o seu funcionamento”.
“Para nós não existem dúvidas, estes partidos se estão com a ?troika’ e com as medidas de empobrecimento do país, não podem estar a favor do poder local democrático”, salientou.
Além de António Fonseca, candidatam-se este ano à Câmara da Praia da Vitória Ana Oliveira (BE), Emiliana Silva (CDS-PP), Roberto Monteiro (PS) e Judite Parreira (PSD).
O socialista Roberto Monteiro recandidata-se ao cargo, procurando um terceiro mandato, depois de em 2009 ter conseguido 69,5% dos votos, o que se traduziu na eleição de cinco vereadores do PS, contra dois do PSD, sem outras forças políticas representadas no elenco camarário.
Lusa