A Fundação Oceano Azul lidera, em parceria com a Waitt Foundation e a National
Geographic | Pristine Seas, uma expedição científica aos Açores que decorre
entre os dias 3 e 24 de junho.
Esta viagem científica surge no âmbito do programa Blue Azores e reforça a
intervenção da Fundação na promoção do conhecimento para a conservação do
oceano.
O mar dos Açores é já hoje percecionado, inclusive pela comunidade internacional,
como uma área de extrema relevância a nível de biodiversidade marinha, bio recursos
e da sustentabilidade do oceano. Porém, ainda há zonas pouco exploradas e um
grande desconhecimento das suas comunidades biológicas e da natureza dos fundos
marinhos. Segundo a organização, esta expedição às áreas mais intactas do mar dos Açores pretende contribuir para um panorama científico mais revelador do valor destes ecossistemas.
A expedição decorre a bordo do histórico navio Santa Maria Manuela e conta com a
participação do N.R.P. Almirante Gago Coutinho, pertencente à Marinha Portuguesa
ao serviço do Instituo Hidrográfico, assim como do ROV “LUSO” da Estrutura de
Missão para a Extensão da Plataforma Continental.
Realizada no âmbito do programa Blue Azores, a exploração destas zonas pouco
conhecidas do mar dos Açores é levada a cabo por uma vasta equipa científica
liderada por Emanuel Gonçalves, biólogo e membro da Comissão Executiva da
Fundação Oceano Azul e Paul Rose, Líder de Expedições da National Geographic |
Pristine Seas, e tem o apoio do Governo Regional dos Açores e da Marinha Portuguesa, assim como de parceiros científicos nacionais como a Universidade dos Açores.
Segundo Emanuel Gonçalves, «para se poder avaliar o real valor do mar dos Açores,
seja biológico, económico ou social, é fundamental conhecermos melhor os seus
ecossistemas. Uma expedição como esta, ou um programa de intervenção mais ampla
como é o Blue Azores, podem contribuir para a proteção de vastas áreas do oceano,
através da implementação de áreas marinhas protegidas, conservando assim a
riqueza e o equilíbrio dos habitats e promovendo o seu uso sustentável por parte das
comunidades que delas dependem. Só assim é possível garantir o futuro da
Humanidade».
Açores 24Horas / NI