“Mantendo-se as previsões da trajetória, o centro do furacão deverá passar muito próximo do grupo Ocidental [ilhas das Flores e Corvo], afetando assim todo o arquipélago na próxima quarta-feira”, indicou nota enviada hoje à imprensa pelo IPMA e assinada pela meteorologista Vanda Costa.
Para o grupo Ocidental, é esperado “vento sueste rodando para noroeste com rajadas na ordem dos 180 km/h (com uma probabilidade de 20% de a rajada máxima ser superior a 200 km/h), chuva forte e ondas de sudoeste com altura significativa entre 10 a 12 metros”.
Já para o grupo Central dos Açores, formado pelas ilhas do Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa, preveem-se “rajadas até 180 km/h (com uma probabilidade de 20% de a rajada máxima ser superior a 200 km/h, especialmente nas ilhas Faial, Pico e Graciosa), chuva forte e ondas de sudoeste com altura significativa entre 10 a 14 metros, com altura máxima de onda superior a 20 metros”.
São Miguel e Santa Maria, as ilhas que formam o grupo Oriental do arquipélago, devem ter vento com rajadas até 100 km/h e ondas de altura significativa de sete a nove metros.
Contudo, e devido à distância a que o furacão se encontra, o IPMA assinala que “existe ainda incerteza relativamente à trajetória exata e respetiva intensidade com que poderá atingir o arquipélago”, até porque “está prevista uma diminuição da intensidade do furacão nos próximos dias”.
O furacão é de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson, que oscila entre 1 e 5 e classifica a intensidade dos fenómenos desta natureza.
O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, esteve no sábado reunido com diversos membros do executivo para fazer um ponto de situação das medidas adotadas face à possibilidade de o furacão Lorenzo atingir os Açores esta semana.
Lusa