Futuro da FLAD exige “atitude prudencial​” dos Açores – Carlos César

O ex-presidente do Governo açoriano Carlos César alertou na sexta-feira as autoridades regionais para acompanharem com uma “atitude prudencial” o futuro da Fundação Luso Americana (FLAD), numa fase de “negligência portuguesa” na relação com os Estados Unidos.
“Eis outro assunto que nos compete acompanhar numa atitude pelo menos prudencial, sobretudo nesta fase de perda na Base das Lajes e de negligência portuguesa na proteção da qualidade da relação bilateral com os EUA”, afirmou Carlos César, na apresentação, em Ponta Delgada, do mais recente livro do jornalista e administrador da FLAD, o açoriano Mário Mesquita.
Destacando a ação de Mário Mesquita na visibilidade dos Açores na FLAD, César admitiu que “a oficialidade centralista do costume esteja a gizar outros planos para a estrutura e o futuro da fundação, sobre a qual, diga-se, ninguém se teria dado ao trabalho de fundar e financiar não fossem os Açores”.
O antigo governante criticou o “culto do imprevisível”, que disse mais não ser do que a “fanfarronice nesga dos ultraliberais” e que visa a prevalência de uma razão dita económica que é justificação para o arbítrio da decisão e o atropelo do direito “como se as pessoas fossem espécies extremófilas”.
“Não sei se o entoar da Grândola ou as pateadas e gargalhadas que irrompem nos salões que acolhem os governantes da República valem alguma coisa útil no plano prático ou mesmo no plano pedagógico, mas o que é certo é que é bom para todos que se mexa com o grande centro indeciso”, sustentou Carlos César.
“O Estranho Dever do ceticismo” é o título do livro de Mário Mesquita, que reúne 135 textos em prosa jornalística, publicados em jornais portugueses ao longo de 20 anos.
O lançamento da obra, decorreu na sexta-feira à noite, em Ponta Delgada, e contou com a presença do atual presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro.

 

Lusa

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