Gabi Pontes apresenta em exposição vinte fotografias de coleção, resultado de duas visitas que a artista fez a Cabo Verde, onde de imediato se sentiu “envolvida pelo calor da terra, esquecendo o registo europeu e acertando o ponteiro com o ritmo africano, sem nunca perder a sensação de estar em casa pelo facto de se falar português (e crioulo) e por o Benfica ser o clube de eleição”.
Na sua passagem pelo Sal e Boavista, Gabi não ficou indiferente à paisagem árida, às praias desertas e à população tão hospitaleira, em ilhas onde não há indústria, serviços ou agricultura e a população vive essencialmente do turismo e da pesca.
“Vive-se com muito pouco. Não há dúvida, que o sal da vida são as crianças e estas estão sempre presentes. Rostos sorridentes, olhos curiosos e atentos”, descreve a fotógrafa, acrescentando que “ali a vida faz-se de ritmos quentes e de melodias antigas e contagiantes. A vida é vivida, saboreada num tempo que não se mede em horas nem em minutos”.
Gabi Pontes é natural de São Miguel e desde cedo manifestou gosto pela fotografia, tendo nos últimos anos apostado em formação na área.Considera a fotografia uma constante viagem de aprendizagem e descoberta de si própria e de tudo aquilo que a rodeia.
“O Sal da Vida” é inaugurada a 26 de outubro, quarta-feira, às 18h00, no Hall do Coliseu Micaelense, onde poderá ser apreciada de terça a sexta-feira entre as 14h00 e as 18h00, até ao dia 24 de novembro.