A estreia no Campo Pequeno da ganadaria açoriana de Rego Botelho resultou num êxito, com o ganadero a dar volta à arena após a lide do segundo e sétimo toiros, que couberam respectivamente aos matadores Antonio Ferrera e Luís Bolívar.
O terceiro da noite, “Guarda”, número 17, que pesou 504 quilos, foi um toiro de grande nobreza, capacidade e ritmo de investida, o que na gíria tauromáquica se designa por “um toiro de bandeira”.
Antonio Ferrera fez-se aplaudir logo nos lances à verónica com que recebeu o toiro, ouvindo-se aí os primeiros olés da noite, que se prolongaram, no tércio de bandarilhas, com a cravagem de três espectaculares pares a quarteio.
Com a muleta, aproveitou da melhor maneira a nobreza da rês, e desenhou redondos ora com a mão direita, ora com a esquerda, em ondas sucessivas que por mais de uma vez fizeram levantar o público, rendido à classe do toiro e à entrega do toureio.
Como último detalhe de uma faena completa, registe-se que Ferrera simulou a morte do toiro apenas com a mão, em vez de o fazer, como é hábito, com uma bandarilha (duas voltas, uma das quais com o ganadero).