O Geoparque Açores foi admitido na Rede Europeia de Geoparques (REG), numa votação que se realizou esta quinta feira na sede da UNESCO, em Paris, onde está reunido o Comité de Coordenação.
“A relevância do património geológico dos Açores, o seu valor científico, cénico e educacional e, simultaneamente, a existência de uma rica biodiversidade e um assinalável património cultural levaram o Governo dos Açores a apostar na criação e implementação do Geoparque Açores como um projeto estruturante para a Região, que agora obtém reconhecimento internacional”, congratulou o Secretário Regional dos Recursos Naturais em declarações na quinta-feira à noite, à margem da sessão plenária da Assembleia Legislativa.
Para Luís Neto Viveiros, que tutela a pasta do Ambiente, este novo enquadramento do Geoparque Açores, além de afirmar a Região na Europa e no Mundo, potencia a criação de empresas regionais e locais ligadas ao geoturismo, ao turismo de natureza, ao turismo de aventura e ao turismo rural, com o desenvolvimento de novos produtos e serviços, que se querem de qualidade e num quadro de turismo sustentável.
O Geoparque Açores é único no mundo por ter 121 geossítios espalhados por nove ilhas, espelhando a vasta geodiversidade vulcânica do arquipélago, incluindo caldeiras, campos lávicos ou cordilheiras vulcânicas, que reportam uma memória geológica de 10 milhões de anos. Dos 121 geossítios, 57 foram considerados como prioritários para o desenvolvimento de estratégias de geoconservação e a implementação de ações de valorização, distribuindo-se pelas ilhas de S. Miguel (10), Pico (8), Terceira (7), Faial (6), Flores (6), Santa Maria (5), Graciosa (5), São Jorge (5) e Corvo (3) e pelos fundos marinhos do ‘plateau’ dos Açores (2). A integração do Geoparque Açores na Rede Europeia e Global de Geoparques permite reforçar as interligações entre a geologia, as paisagens vulcânicas, a biodiversidade e os valores culturais do arquipélago