“Geringonça” eleita a Palavra do Ano 2016 com 35% dos votos

dicionario“Geringonça” foi eleita a Palavra do Ano, tendo arrecadado 35% dos cerca de 28.000 votos expressos, anunciou hoje a Porto Editora, promotora do evento.

No segundo lugar, com 29%, ficou o vocábulo “campeão” e, em terceiro, com 08%, “brexit”, seguindo-se, ex-aequo, “parentalidade” e “presidente”, com 06%, depois “turismo”, “racismo” e “humanista”, com 04% cada, “empoderamento”, com 03%, e, finalmente, com 01%, “microcefalia”.

A palavra “geringonça” liderou desde o início a votação, embora na reta final “campeão” se tenha “aproximado significativamente” da eleita, disse à agência Lusa fonte editorial.

O vocábulo “geringonça” tem origem numa reação do antigo líder do CDS-PP, Paulo Portas, à formação do atual Governo, liderado por António Costa, e passou a ser usado para designar a maioria de esquerda no parlamento (PS/Bloco de Esquerda/PCP e Partido Ecologista “Os Verdes”), que apoia o executivo.

Quanto a “campeão”, a escolha está relacionada com a vitória de Portugal, pela primeira vez, no campeonato europeu de futebol, em julho do ano passado, ao vencer a França, em Paris, na final da 15.ª edição do campeonato da UEFA.

“Brexit” é uma palavra que surgiu associada à saída do Reino Unido da União Europeia, em resultado do referendo realizado naquele país, em junho do ano passado.

O termo entrou, em dezembro, no dicionário de inglês de Oxford, considerado a obra de referência sobre a evolução da língua inglesa. O Oxford English Dictionary define “brexit” como a “retirada [proposta] do Reino Unido da União Europeia e o processo político associado” a este processo.

A Palavra do Ano está a ser anunciada na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures, nos arredores de Lisboa.

Nesta oitava edição participaram cerca de 28.000 cibernautas, ultrapassando os cerca de 20.000 votantes do ano passado.

As palavras eleitas nas edições anteriores foram “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014) e “refugiado” (2015).

 

Lusa

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