Governo admite licenciamento da comercialização de espécies de caça

O Governo Regional dos Açores está a preparar legislação para licenciamento e comercialização de espécies cinegéticas visando a intensificação da caça ao coelho bravo que, em algumas ilhas do arquipélago, assume a dimensão de praga agrícola.
Segundo anunciou esta quarta-feira fonte do Executivo, a iniciativa decorre em paralelo com acções desenvolvidas por agricultores, associações e autarquias destinadas a corrigir a densidade da espécie.

São Jorge, no Grupo Central do arquipélago, é uma das ilhas em que o coelho bravo mais danos tem provocado à agricultura, registando alguns lavradores, citados num requerimento parlamentar do CDS/PP, prejuízos em 50 por cento dos seus terrenos.

Segundo o Governo Regional, a ausência de “grande pressão” sobre a espécie em S. Jorge deriva de “não haver grande tradição de caça” na ilha.

Para favorecer a caça ao coelho bravo em S. Jorge, o Executivo resolveu manter em 2010/2011 o levantamento do limite de peças a caçar por dia e por caçador entre o nascer e o por do sol.

O Governo decidiu igualmente, autorizar “correcções de densidade” propostas pelos agricultores e a realizar com recurso a caçadores locais ou do exterior.

Até ao final de Julho, foram apresentados 45 pedidos com esse objectivo, dos quais resultaram na mobilização de 15 caçadores locais e 27 de fora da ilha e o abate de cerca de 5 100 coelhos.

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