O presidente do Governo dos Açores entregou hoje, em Angra do Heroísmo, durante uma audiência concedida à Tertúlia Tauromáquica Terceirense, o Regulamento Geral Tauromáquico dos Açores.
Trata-se de um documento, segundo explicou Carlos César aos jornalistas, no final do encontro, “que enquadra toda a actividade taurina na Região” e admite a possibilidade de integrar, também, as touradas à corda, que actualmente têm uma base jurídica autónoma.
O chefe do executivo revelou, por outro lado, que o encontro com aquela associação taurina serviu, igualmente, para analisar, em conjunto com a presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, “um conjunto de investimentos relacionados com a actividade tauromáquica na ilha Terceira e que é necessário dinamizar”, tendo por base o plano estratégico que foi apresentado para esse efeito pela Tertúlia.
“Estamos, portanto, a trabalhar em diversos domínios, o Governo assume que a festa taurina integra o património cultural e de natureza artística dos Açores, e que deve ser valorizada”, sublinhou Carlos César.
O presidente do Governo garantiu que essa valorização vai ser concretizada, “não obstante a decisão que foi tomada de não incluir nessas variantes a sorte de varas”, em resultado da votação sobre o assunto verificada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Sobre a posição negativa assumida pela Assembleia em relação à sorte de varas, Carlos César disse que o Governo aceita essa decisão, como aceitaria se o sentido do voto dos deputados tivesse sido ao contrário.
Respondendo a uma pergunta sobre a irreversibilidade ou não da decisão agora tomada, o chefe do executivo disse que “não há nenhuma decisão irreversível sobre nenhuma matéria”, pelo que o caso em questão pode, eventualmente, ser objecto de nova apreciação, “à luz de outra conjuntura ou da atribuição de outra prioridade ou de outros valores, mas não é isso que está agora em causa nem o esteve nesta reunião”.