Governo assegura que dívidas da Azorina ao fisco e à segurança social no final de 2012 já estão regularizadas

O secretário regional dos Recursos Naturais dos Açores assegurou hoje que as dívidas que a empresa pública Azorina tinha ao fisco e à segurança social no final de 2012 já estão regularizadas.
Neto Viveiros disse que os 128 mil euros já foram pagos à segurança social e às finanças no início do ano, sublinhando ainda que as contas da Azorina em 2012 resultaram da fusão com outras empresas, que “ditaram de facto uma dívida significativa” mas também, e em simultâneo, um aumento de capital em cerca de 30 vezes.
Segundo dados da Secretaria Regional dos Recursos Naturais do Governo dos Açores, o passivo da Azorina, empresa responsável pelos centros de interpretação, ecotecas e parques naturais dos Açores, cresceu 10 vezes de 2011 para 2012 (de 1,3 milhões para 13 milhões de euros), mas o capital próprio passou de 553 mil euros negativos em 2011 para cerca de 13 milhões de euros em 2012.
Um aumento de capital próprio que “permitiu uma recuperação económica da empresa, que passou a apresentar, em 2012, um rácio de solvabilidade 98,3%”, ainda segundo o executivo regional.
Em declarações aos jornalistas em Vila Franca do Campo, à margem da apresentação do livro “Lia e Nicolau – A Energia Elétrica nos Açores”, Neto Viveiros revelou, por outro lado, que os números da empresa relativos a 2012 refletem também “investimentos” que foram feitos, recorrendo a empréstimos, na compra de alguns hectares de terrenos na margem da lagoa das Furnas, na ilha de S. Miguel.
A zona envolvente da lagoa das Furnas está a ser alvo de uma intervenção ambiental que visa recuperar a qualidade das águas e uma “paisagem emblemática” da região, assim como assegurar a sustentabilidade do ecossistema local, sublinhou.
Para Neto Viveiros, este é um “investimento que vem ao encontro das preocupações da generalidade dos cidadãos e do Governo [Regional]”.
A Azorina é responsável por todos os centros de interpretação, ecotecas e parques naturais dos Açores e tem a seu cargo a gestão dos planos de ordenamento do território e das bacias hidrográficas.
A empresa atual resultou da fusão, em 2012, de várias empresas públicas, todas elas ligadas à proteção e gestão ambiental (Azorina, SPRA-Açores e Arena).
A empresa terminou o ano de 2012 com dívidas de 128 mil euros ao fisco e à Segurança Social, o que mereceu um reparo por parte do revisor de contas, segundo o relatório de contas do ano passado, a que a Lusa teve acesso na segunda-feira.
“Devemos alertar não só para os elevados gastos financeiros que este atraso acarreta, como também para as consequências quanto ao funcionamento da empresa, nomeadamente na obtenção de financiamento ou subsídios”, lê-se no final do relatório.
A empresa encerrou 2012 com um resultado negativo de 59 mil euros (muito inferior aos 500 mil negativos registados um ano antes), resultado influenciado por um subsídio de 1,3 milhões de euros, atribuído pelo Governo Regional.

 

Lusa

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