O ministro da Presidência atribuiu hoje a “um lapso de natureza protocolar” o facto do Governo não ter comunicado ao Governo Regional dos Açores a presença de membros do executivo na região autónoma.
“Tratou-se obviamente de um lapso de natureza protocolar, o Governo da República deveria ter comunicado ao Governo Regional a presença na região, foi um lapso protocolar que já lamentei junto do senhor presidente do Governo Regional”, afirmou o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, que falava na conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministros.
Numa carta enviada pelo presidente do Governo Regional dos Açores ao ministro da Presidência, a que a agência Lusa teve acesso, Vasco Cordeiro acusa o executivo de “desrespeito institucional”, na sequência da homenagem que os governos nacional e da Polónia prestaram na quarta-feira ao piloto Ludwik Idzikowski, que faleceu num acidente na ilha Graciosa, a 13 de julho de 1929.
Na missiva, o socialista transmite o seu “veemente protesto” pelo facto de a região ter recebido a visita oficial do ministro dos Combatentes e Vítimas da Repressão da Polónia, Jan Ciechanowski, e dela ter tido conhecimento apenas pela comunicação social.
A cerimónia decorreu em Santa Cruz da Graciosa e contou também com a presença da secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Berta Cabral.
Questionado sobre esta situação, o ministro da Presidência confirmou ter recebido na quarta-feira à noite a comunicação de Vaco Cordeiro, adiantando que, entretanto, também já falou com o presidente do Governo Regional.
Insistindo que se tratou de um “lapso protocolar” que já lamentou junto de Vasco Cordeiro, Marques Guedes assegurou que “o Governo procurará que não volte a acontecer” tal situação, “porque o respeito protocolar entre as instituições também faz parte do regular funcionamento das mesmas”.
O ministro da Presidência adiantou igualmente que, além do contacto que já teve com Vasco Cordeiro, irá responder à missiva do presidente do Governo Regional “também por escrito”.
Lusa