O secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde confirmou hoje que está em curso o alargamento dos horários de atendimento aos doentes nos centros de saúde e nos hospitais até às 22h00 e aos sábados.
“É um processo que está em curso, é um processo silencioso, do qual muitas vezes as pessoas não se apercebem. Já há muitos hospitais e centros de saúde com horário alargado. A ideia é, tão breve quanto possível, desde que tenhamos os recursos humanos necessários, tornar isso a regra para o Serviço Nacional de Saúde”, frisou Fernando Leal da Costa.
O governante acrescentou, após a inauguração de uma Unidade de Saúde Familiar no Bairro da Boavista, em Lisboa, que o processo “demorará os seus anos”, mas deseja que o mesmo esteja concluído “até ao fim desta legislatura”.
O Diário de Notícias noticiou hoje que o Ministério da Saúde quer que os hospitais e centros de saúde alarguem os horários de atendimento aos doentes nas consultas até às 22:00 e aos sábados.
Segundo o jornal, esta mudança está prevista num documento entregue aos hospitais, sendo que o vogal do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde Alexandre Lourenço assegurou que a medida “vai avançar” e estará prevista nos planos estratégicos dos hospitais.
“Já demos um passo muito significativo que foi a revisão do horário de trabalho dos médicos para as 40 horas e, portanto, passamos a ter condições de poder reorganizar o trabalho médico a par do trabalho dos outros profissionais para permitir alargamentos de horários”, explicou o secretário de Estado.
Fernando Leal da Costa considerou a medida “muito importante” e justificou-a com a necessidade de adaptar os serviços de saúde à vida das pessoas.
“Temos de criar condições para que os serviços de saúde, nomeadamente na área dos cuidados primários, estejam ao dispor das populações durante o maior tempo possível e em horários mais convenientes para os utentes”.
De acordo com o secretário de Estado, o alargamento dos horários de atendimento é um “desígnio” possível de ser concretizado, apelando ao ao “empenho e ao esforço” de todos os profissionais, no sentido de se criarem as condições para que seja “mais fácil aos utilizadores chegarem aos serviços de saúde em horas adequadas”.