O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, informou hoje que foi acionado o plano de contingência regional e que existem quatro frentes ativas de incêndio em diversos pontos da ilha.
“Neste momento [cerca das 08:00] existem quatro frentes de fogo ativas, no Funchal, Canhas (Ponta do Sol), Ponta do Sol e Campanário (Câmara de Lobos)”, disse o governante madeirense na conferência de imprensa para balanço da situação dos incêndios que lavram desde as 16:00 de segunda-feira na Madeira.
O responsável adiantou que o plano de contingência regional foi acionado e que todos os meios “estão mobilizados”, incluindo os bombeiros, a Polícia de Segurança Pública, as Forças Armadas, a Proteção Civil, a Cruz Vermelha, contando com o apoio de populares e de empresas.
Sobre a situação registada no Funchal, Albuquerque apontou que as frentes mais ativas são nos sítios da Alegria, São Roque, Fundoa, Monte, Lombinho, Romeiras e Viveiros, estando envolvidas no combate oito corporações.
“Não há vítimas mortais, nem feridos a registar”, acrescentou, referindo que foi necessário retirar mais de 200 pessoas das suas casas, que estão alojadas no Regimento de Guarnição n.º3 e outras 30 em diversas instituições.
Também por razões de precaução foram retiradas “mais de 200 doentes” do Hospital dos Marmeleiros, um “processo que decorreu com normalidade, tendo parte sido deslocados para o hospital central do Funchal (Dr. Nélio Mendonça) enquanto os doentes em ambulatório também foram para o quartel do Funchal”.
Também esta manhã, a câmara do Funchal ativou o Plano Municipal de Emergência da cidade do Funchal.
Os incêndios também estão a afetar a circulação automóvel, indicando o chefe do executivo madeirense que “está condicionado, no Funchal, na via rápida [a principal via da Madeira], no nó de Santa Luzia, o acesso à Fundoa e Monte”.
Miguel Albuquerque destacou que as atuais condições meteorológicas [vento forte de leste e temperaturas a rondar os 37(38 graus] são “propícias a propagar os fogos”.
O responsável mencionou que existe uma outra frente ativa de fogo na freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, na zona do Mouro Branco, “com alguma dimensão” que está a ser combatida pela corporação da Ribeira Brava
Outras duas situações acontecem na Ponta do Sol (zona oeste da ilha), no sítio do Pomar D. João, e no Campanário (Câmara de Lobos) onde estão os bombeiros da Calheta, Ribeira Brava e Câmara de Lobos, sendo o objetivo principal proteger as casas e os bens das pessoas
Realçando que já esteve envolvido, nos últimos anos, em situações de ataque “a 19 grandes incêndios”, Miguel Albuquerque considerou que as criticas feitas à forma como tem sido feito o combate aos incêndios é “recorrente”.
“A situação hoje não é uma situação de improviso”, disse, adiantando que “neste momento, os bombeiros da Madeira são qualificadas, sabem o que estão a fazer, têm competência técnica” e as pessoas “podem ter a certeza que o está a ser feito o combate aos fogos com todos os pressuposto técnicos e da forma mais correta”.
O líder insular sublinhou que “com muitas frentes e variação de vento muitas vezes não é possível fazer ataque em todas as frentes”.
O responsável admitiu que as autoridades regionais “ainda não têm condições” para avançar com o número de casas destruídas ou afetadas pelo fogo, “porque algumas zonas que foram evacuadas e a averiguação será efetuada durante o dia de hoje”, remetendo o balanço para uma nova conferência de imprensa, marcada para as 16:00 de hoje.
Nesta conferência de imprensa, Miguel Albuquerque esteve acompanhado por vários elementos do seu governo.
Lusa