O Secretário Regional da Agricultura e Florestas e a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território manifestaram hoje posições concordantes no que toca às questões relacionadas com a agricultura, no âmbito da reforma da Política Agrícola Comum (PAC).
No final de uma reunião realizada em Angra do Heroísmo, em que participaram Noé Rodrigues, Assunção Cristas e dirigentes de associações de produtores, o governante açoriano manifestou a sua satisfação por ter ouvido da Ministra posições de apoio às principais preocupações da lavoura açoriana, quanto às negociações da reforma da PAC.
Essas preocupações prendem-se, sobretudo, com as fileiras do leite e da carne, segundo disse. Um aspeto essencial, pelo qual o Governo dos Açores se vem batendo, é a manutenção do regime de quotas leiteiras, “porque adequou de forma perfeita a nossa capacidade de produção aos consumos na Europa e trouxe previsibilidade e estabilidade ao sector e aos produtores de leite”.
Noé Rodrigues acrescentou que “esta fase de ansiedade em relação ao futuro é penalizadora dos investimentos, de muita capacidade instalada e de muita competência que nós temos nesse sector na Região”.
Reconhecendo que a decisão de reverter o fim do sistema de quotas é muito difícil, o governante sublinhou que é necessário que Portugal vá até ao fim, junto de Bruxelas, na tentativa de se manter em vigor, para além de 2015, atura em que está prevista a sua extinção.
Na reunião foi também admitido que, caso as quotas desapareçam mesmo, é fundamental criar mecanismos de compensação dos agricultores açorianos e portugueses, em geral. No caso dos Açores, Noé Rodrigues lembrou o investimento que os produtores fizeram na aquisição de quota, o que se trata “de um ativo da exploração”, que não pode ser ignorado.
Para além destas questões, foram abordadas no encontro assuntos relacionados com todo o tecido produtivo regional neste sector de atividade.