Numa reacção às conclusões do relatório da inspecção encomendada pelo Ministério da Defesa para averiguar o processo de construção do navio Atlântida, Vasco Cordeiro recordou que “o objecto do inquérito não foi a actuação da Atlânticoline, mas dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo”.
“O que está em causa são recomendações ao Governo da República e a entidades dele dependentes”, frisou.
Da mesma forma, também se escusou a comentar a recomendação do inquérito para que as duas partes tentem alcançar um acordo extra-judicial, que permita salvaguardar o interesse público neste processo.
“A questão não é reconhecer a legitimidade a este inquérito. Temos é que perceber que as conclusões são dirigidas a órgãos da administração central, não são dirigidas a órgãos da administração regional, porque nunca foi esse o seu objecto”, frisou.
Vasco Cordeiro revelou, no entanto, que estão em curso “há bastante tempo” conversações entre a Atlânticoline e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, tendo em vista encontrar uma solução para o diferendo entre as duas entidades.
O governo regional pretende que lhe sejam devolvidas as verbas já pagas pela construção do navio que rejeitou, enquanto os estaleiros interpuseram uma providência cautelar para evitar a devolução desse montante.
Lusa