Governo dos Açores alarga influência ao impulsionar reativação de grupo para as regiões insulares

O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas defendeu hoje, em Bruxelas, que o Grupo Interregional para as Regiões Insulares do Comité das Regiões seja “um grupo de ação” e não tenha apenas “um papel informativo e de influência” junto das instituições europeias.

Rui Bettencourt, que participou na reunião constitutiva e de reativação deste grupo, frisou que “esta ativação foi muito impulsionada pelos Açores” e surge  das preocupações manifestadas pelos órgãos de poder regional e local sobre questões relacionadas com a insularidade e com o desenvolvimento das ilhas.

“Tive ocasião de sublinhar os grandes desafios com que as ilhas se confrontam em particular, desde logo a questão dos transportes, que é uma questão fundamental, mas também a questão do acesso dos cidadãos ilhéus a serviços de saúde, a serviços de educação e a todas as questões de apoio social”, afirmou o governante, sublinhando que “há que colocar também no centro das preocupações das ilhas o acesso de todos a todos os direitos que qualquer cidadão europeu continental tem”.

A gestão dos resíduos e os problemas e as preocupações ambientais foram outras questões abordadas pelo titular da pasta das Relações Externas na reunião deste grupo daquele órgão consultivo das instituições europeias, além da questão da gestão de energia, por serem ilhas com “pequenos sistemas de energia” e com uma “pequena dimensão da economia”, frisou Rui Bettencourt.

O Grupo Interregional  ‘Regiões Insulares’ do Comité das Regiões, constituído por membros como os Açores, as Baleares, as Canárias, a Córsega, a Sicília ou a Sardenha, tem como objetivo abordar questões de interesse comum afim de cooperar e elaborar estratégias de desenvolvimento nos domínios do turismo e da cultura, bem como nos setores industrial, agrícola, da saúde, da energia e da educação.

Este grupo visa também contribuir para a execução das deliberações do Comité das Regiões e do Parlamento Europeu relativas às ilhas e ainda tomar medidas proativas e cooperar no domínio da migração que afeta os territórios insulares.

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