“A partir do momento em que a União Europeia nos comunicou que as ajudas são ilegais e que vão ter que ser devolvidas, estamos a tratar é da sua devolução e não de criar problemas adicionais. O problema principal é da reestruturação”, declarou Bastos e Silva.
O governante adiantou que se “está a aguardar o agendamento para o início da semana” da reunião com as instâncias comunitárias onde vai apresentar a solução para devolver os aumentos de capital realizados sem conhecimento da Comissão Europeia, por parte do anterior governo socialista.
O secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, e também o dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges, reuniram hoje, em Ponta Delgada, com o Conselho de Administração do grupo SATA.
Bastos e Silva afirmou que o plano de reestruturação da operadora aérea açoriana, da responsabilidade da companhia, é uma “versão bem trabalhada e com bastante lógica” que vai ser brevemente submetida a Conselho do Governo e ao parlamento dos Açores antes de ser enviada para Bruxelas.
O titular da pasta das Finanças admitiu que apesar do consenso na região sobre o plano de reestruturação, estes processos “são de difícil negociação” e “os problemas surgirão mas na negociação já com as autoridades europeias”, pretendendo-se “começar o mais cedo possível para ultrapassar esta fase e colocar a SATA num novo caminho”.
Questionado sobre se o desenho de recuperação financeira será diferente da TAP, uma vez que ambas as companhias padecem dos mesmos problemas, Bastos e Silva considerou que a “situação financeira na sua proporção é igualmente muito preocupante, mas o que acontece de diferente é que a localização dos Açores como região ultraperiférica e a natureza do transporte aéreo é bastante diferenciada da nacional”.
Lusa