“Os Açores são nove ilhas com contingências especiais, que fazem com que haja algumas dificuldades e fragilidades do nosso Serviço Regional de Saúde, no entanto, manifestamos mais uma vez solidariedade para dar o apoio que for necessário. Se da parte do Governo da República for solicitado o apoio da região, de acordo com as nossas disponibilidades, manifestaremos esse apoio”, afirmou, em declarações à Lusa.
Questionado sobre a capacidade da região para acolher doentes de outros hospitais do país, Clélio Meneses não avançou com números.
“A região, neste momento, ainda não tem muitos internados, esperemos que nunca tenha, e se isso se confirmar, de acordo com a disponibilidade dos três hospitais da região, manifestaremos essa abertura para o Governo da República fazer transportar para cá doentes covid”, apontou.
Também o presidente do Governo Regional da Madeira reiterou hoje a “disponibilidade total” da região para receber doentes com covid-19 do continente, na sequência da “sobrecarga” existente nos hospitais, mas disse estar ainda a aguardar resposta do Ministério da Saúde.
“Não [recebemos resposta]. Aguardamos. Mas, temos disponibilidade total neste momento”, disse Miguel Albuquerque.
Na quarta-feira, o Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) manifestou à ministra da Saúde, Marta Temido, disponibilidade para receber três doentes do continente na unidade de cuidados intensivos.
A Ordem dos Médicos afirmou, também na quarta-feira, que os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo estão a chegar ao “final da linha”, uma vez que já não conseguem ampliar o número de internamentos nos cuidados intensivos.
Os Açores têm atualmente 19 doentes internados com covid-19, em dois dos três hospitais da região.
No Hospital do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada estão 18 doentes, sete dos quais em cuidados intensivos, e no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira um, também em cuidados intensivos.
Lusa