Governo dos Açores nega intenção de privatizaç​ão da EDA

O vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, rejeitou hoje que o executivo tenha, neste momento, intenção de privatizar a Eletricidade dos Açores (EDA), acrescentando que não foi dada qualquer indicação nesse sentido à administração da empresa.
“Hoje e face às circunstâncias atuais, o Governo não tem qualquer intenção de privatização da empresa”, frisou Sérgio Ávila, ouvido pela Comissão de Economia da Assembleia Legislativa dos Açores, em Angra do Heroísmo.
O vice-presidente foi ouvido na sequência de um projeto de resolução apresentado pelo PSD, que recomenda ao executivo açoriano a manutenção da maioria do capital social da empresa na esfera pública.
Segundo Sérgio Ávila, o tema debatido é um “não assunto”, porque o Governo mantém a mesma posição sobre a privatização da EDA.
Ainda assim, o vice-presidente assegurou que se se alterar a posição do executivo regional, a Assembleia Legislativa saberá em primeira mão.
Jorge Macedo, do PSD, salientou que a EDA foi considerada como uma empresa não estratégica no último relatório da Inspeção Regional de Finanças, considerando que isso indica que há intenção de privatização.
O deputado social-democrata alegou ainda que a administração da empresa já deu início ao processo de privatização, mas Sérgio Ávila negou que o executivo açoriano tivesse dado indicações nesse sentido, acrescentando que decorre apenas um processo de “avaliação”, que é frequente, mas não implica uma intenção de privatização.
Jorge Macedo alertou para o risco de a empresa perder a compensação de 100 milhões de euros da República com a privatização, que levaria à duplicação do valor da fatura dos açorianos, mas o vice-presidente garantiu que essa verba não está em causa.
Em resposta ao deputado do PPM, Paulo Estêvão, o vice-presidente do Governo Regional disse ainda que não houve qualquer contacto de empresas privadas com intenção de adquirir o capital social público da EDA, mas recusou-se a apresentar cenários futuros em que possa ser equacionada a privatização da empresa, alegando que não faz “futurologia”.

 

Lusa

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