O Governo dos Açores anunciou hoje que vai reforçar em 371 mil euros as verbas a transferir este ano para a universidade da região, visando assim anular o impacto da cativação de verbas decretada pelo Ministério da Educação.
As universidades vão ter uma cativação de 10 milhões de euros em 2013, medida que não se aplica a todas as instituições, mas abrange a academia açoriana.
“Estamos a falar de uma situação excecional em que a universidade se viu confrontada repentinamente, por decisão do Governo da República, com um corte substancial de receitas essenciais para o seu funcionamento e que ela previa receber”, afirmou o presidente do executivo dos Açores, Vasco Cordeiro, citado num comunicado enviado à imprensa.
Segundo a mesma nota, Vasco Cordeiro fez estas declarações após um encontro com o reitor da Universidade dos Açores, Jorge Medeiros.
Vasco Cordeiro salvaguardou que a este “apoio extraordinário” de 371 mil euros à Universidade dos Açores há a acrescentar os 350 mil euros já previstos no Orçamento da Região de 2013.
Isto significa, acrescenta, que a academia “não vê as suas receitas afetadas” pelo corte do Ministério da Educação e Ciência e “mantém os montantes” que previa receber na totalidade (721 mil euros).
“A importância que a Universidade dos Açores tem para a nossa Região, quer pela sua função, quer pelo potencial que apresenta, quer ainda pela sua presença em três ilhas dos Açores, justifica este esforço dos Açores no sentido de evitar que a sua universidade seja penalizada de forma repentina por esta decisão”, defendeu o presidente do executivo regional.
Vasco Cordeiro considera que o Governo da República “está a pôr em perigo” a Universidade dos Açores, dizendo que chega mesmo a “colocar em risco” o seu funcionamento com “mais cortes em cima de cortes” e este último a ser feito “de forma repentina”.
O presidente do Governo dos Açores acusa o executivo central de estar a “falhar no cumprimento das suas obrigações”, como “é claro” nesta situação do ensino superior nos Açores, e deixa, por outro lado, a mensagem de que “por ser extraordinário”, este apoio “não significa isentar” a academia de “continuar e, em alguns casos, reforçar” o seu “esforço” visando “adaptar-se às exigências dos tempos” que se vivem e de “garantir a sua sustentabilidade futura”.
Lusa