O vice-presidente do Governo Regional dos Açores registou hoje com “satisfação” a redução da taxa de desemprego nos Açores, nos últimos três meses, mas frisou que os dados devem ser vistos com “muita precaução”, porque “ainda existem muitos açorianos desempregados”.
“É com satisfação que tivemos conhecimento que, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nos Açores, nos últimos três meses, registou-se uma redução da taxa de desemprego, conseguimos que mais 1.795 açorianos passassem a ter emprego e que, no mesmo período, menos 944 açorianos estejam desempregados”, disse Sérgio Ávila.
O vice-presidente do Executivo açoriano falava na cerimónia de apresentação do Programa de Estabilização de Emprego – PEE e de assinatura de um protocolo com instituições bancárias.
Os dados do INE indicam que no primeiro trimestre deste ano a taxa de desemprego no arquipélago açoriano situava-se nos 17,0% e caiu para os 16,1% no segundo trimestre.
No segundo trimestre de 2012, a taxa de desemprego nos Açores era de 15,6%.
Sérgio Ávila disse que os mais recentes dados do INE “são boas notícias para os Açores”, que “motivam para reforçar a implementação da estratégia” do Governo Regional de “criação de emprego, com a certeza de que ainda temos muito trabalho pela frente”.
Em declarações aos jornalistas, à margem daquela cerimónia, Sérgio Ávila lembrou que os números hoje conhecidos referem-se ao período de abril até junho, salientando que “não é com um trimestre que devemos (.) ficar com euforias”.
“Devemos registar os dados com confiança, mas também com muita precaução, porque ainda existe muito trabalho pela frente, porque ainda existem muitos açorianos desempregados”, acrescentou.
A taxa de desemprego em Portugal foi de 16,4% no 2.º trimestre, 1,3 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior, mas mais 1,4 pontos percentuais do que no mesmo período de 2012, estimou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo os resultados do Inquérito ao Emprego do INE, de abril a junho a população desempregada foi de 886 mil pessoas, o que representa um aumento homólogo de 7,1% e uma diminuição trimestral de 7,0% (mais 59,1 mil e menos 66,2 mil pessoas, respetivamente).
Já a população empregada foi de 4,5 milhões de pessoas, o que traduz uma diminuição homóloga de 3,9% e um aumento trimestral de 1,6% (menos 182,6 mil e mais 72,4 mil pessoas, respetivamente).
De acordo com o INE, no 2.º trimestre a taxa de desemprego dos homens (16,4%) foi “ligeiramente inferior” à das mulheres (16,5%), tendo ambas as taxas diminuído face ao trimestre anterior (1,4 e 1,0 pontos percentuais, respetivamente) e aumentado relativamente ao trimestre homólogo de 2012 (1,3 e 1,6 pontos percentuais).
De abril a junho, face ao trimestre anterior, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões, com destaque para o Algarve (menos 3,6 pontos percentuais), o Centro (menos 1,8 pontos percentuais) e o Norte (menos 1,4 pontos percentuais).
As taxas de desemprego mais elevadas e superiores à média nacional foram registadas em Lisboa (19,3%), na Região Autónoma da Madeira (18,8%), no Norte (17,2%), no Alentejo (17,2%) e no Algarve (16,9%).
Pelo contrário, os valores inferiores à média nacional ocorreram no Centro (11,5%) e na Região Autónoma dos Açores (16,1%).
Lusa