O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, revelou hoje que vai criar uma sociedade de capital de risco, que arrancará ainda este ano e vai gerir um valor não inferior a 100 milhões de ativos empresariais.
“O Governo dos Açores está a trabalhar na criação de condições para o surgimento de uma sociedade de capital de risco, que inicie a sua atividade ainda este ano”, especificou Vasco Cordeiro em Ponta Delgada, na sessão de encerramento da apresentação do “Programa de Ignição para as Empresas de Base Tecnológica”, na Universidade dos Açores.
Vasco Cordeiro frisou que o seu executivo também vai participar na sociedade de capital de risco, em montante que não definiu, pretendendo assim “assegurar o apoio” à reestruturação financeira de empresas com “dificuldades de liquidez”.
O presidente do Governo dos Açores salvaguardou que as empresas em causa devem possuir ativos e atividades económicas “passíveis de serem rentabilizados”.
“A criação de uma sociedade de capital de risco nos Açores permitirá, também, assegurar a possibilidade de dinamizar novos investimentos ou empreendimentos inovadores em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento regional”, referiu.
Vasco Cordeiro clarificou que a futura sociedade vai também apoiar as empresas que iniciem a sua atividade e cujos investimentos iniciais, sendo “viáveis economicamente”, tenham “dificuldades de acesso” ao financiamento.
“Com esta medida, que está prevista na Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial, e de acordo com a calendarização prevista, o Governo dos Açores cria as condições para o surgimento na região de novos estímulos à dinamização da atividade económica”, declarou Vasco Cordeiro.
O líder do governo açoriano sublinhou que a medida em causa irá permitir o “desenvolvimento” de novas atividades económicas e a “rentabilização” de investimentos já realizados que, por “falta de capacidade” financeira dos seus promotores, se encontram em “dificuldades de sustentabilidade”.
Vasco Cordeiro considerou que o “Programa de Ignição para as Empresas de Base Tecnológica” “está em linha” com o “esforço” que o executivo dos Açores está a desenvolver visando a criação de um “novo setor económico” ligado à inovação e conhecimento.
“O desenvolvimento dos Açores deve alicerçar-se numa economia inteligente, sustentável e inclusiva, em consonância com a Estratégia Europa 2020, que proporcione níveis elevados de emprego, de produtividade e de coesão social”, defendeu.
Vasco Cordeiro quer “aproximar” os Açores do nível médio de competitividade dos países da UE, contando neste percurso com a Universidade dos Açores como “parceiro privilegiado”.
“É tempo, pois, de avançar para uma estratégia eficaz que permita colocar o conhecimento científico ao serviço da criação de emprego e crescimento económico, através, por exemplo, do surgimento das chamadas ‘spin off’, empresas que surgem a partir da investigação universitária”, concluiu.
Lusa