António Marinho frisou que a situação na Madeira “é grave”, mas defendeu que “não deve servir para prejudicar os Açores”, alegando que “são duas realidades diferentes”.
O presidente do PSD/Porto, Virgílio Macedo, considerou que as populações das duas regiões autónomas devem ter os mesmos sacrifícios que as do resto do país, criticando “privilégios” como “taxas de IRS, IRC e IVA mais baixas, estradas não portajadas, impostos especiais sobre o consumo mais baixos e gasolina mais barata”.
Estas declarações também suscitaram críticas de Artur Lima, do CDS/PP, para quem elas “surgem porque os continentais estão aflitos porque alguém os prejudicou e agora quem paga são os açorianos”.
“Sinto-me incomodado com o que se diz no Continente sobre os Açores”, afirmou, defendendo que “está na altura de fazer uma campanha nos órgãos de comunicação social do Continente sobre as diferenças entre os Açores e a Madeira, para que não se meta tudo no mesmo saco”.
O vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, também criticou Virgílio Macedo, considerando que as suas declarações são de “extrema gravidade”, apelando a uma união em defesa dos Açores “independentemente das diferenças partidárias”.
“O descalabro da Madeira originou tentativas dos agentes do centralismo para atacar as conquistas da autonomia”, frisou.
Para Sérgio Ávila, é necessário que os portugueses que residem no Continente “percebam que não se trata de benefícios fiscais, mas do exercício das competências autonómicas”.
A questão foi também comentada por Paulo Estêvão, do PPM, para quem é preciso que “não se veja os Açores como um encargo, mas como uma das últimas grandezas do país”.
“Os Açores são responsáveis por 66 por cento das dimensão marítima do pais”, afirmou.