Quando cerca das 16h30 decorre o debate protagonizado pelas diferentes bancadas partidária no hemicíclo em torno das explicações avançadas pelo titular da Economia sobre a decisão de rescindir no passado dia 9 de Abril o contrato com os Estaleiros de Viana do Castelo por incumprimento da velocidade contratada pela Região para o ferrie (19 nós), o AO online dá conta para já da garantida dada pelo governante: “Estão a ser desemvolvidos todos os esforços no sentido de assegurar que o início dessa operação se mantém a 13 de Maio”.
Quanto aos motivos que levaram o Governo Regional a rescindir o contrato relativamente ao primeiro navio (cuja entrega e na sequência de problemas e alterações) na data em que o fez e não antes como advogara anteriormente a líder do PSD/A, Berta Cabral, o governante disse a jeito de resposta: “Porque só nessa data se verificaram os pressupostos e as condições que conferem este direito à Região”.
Ou seja, justificou num registo em que revelou também a formação jurídica além da política, caso se tivesse optado por resolver o contrato mais cedo, antes do Atlântida falhar os testes de mar, a Região incorreria no risco de não reaver o dinheiro já adiantado (cerca de 31 ME) ou perder o direito a eventuais indemnizações.
Isto, comentou ironicamente, para evitar “trapaqhadas”. Aqui, ouviu-se o aparte do deputado social democrata Jorge Macedo que assim classificara todo o processo de construção dos dois navios encomendados para o transporte marítimo de viaturas e passageiros: “Essa paga direitos de autor”.
E do lado da bancada laranja foi este parlamentar que fez uso da palavra para revelar insatisfação com as explicações dadas pelo governante que sucedeu a Duarte Ponte. Desde logo, sobre a consequência das alterações supostamente encomendadas “por telefone” na velocidade deste navio. O que Vasco Cordeiro não admitindo esse tipo de pedidos, negou sustentando-se em projecções.
Jorge Macedo contra-argumentou que empresas fiscalizadoras sabiam dos problemas e aconselhou o Governo a rescindir também o contratao para o segundo navio e que nas suas palavras é “pior do que o Atlântida”, acusando uma vez mais de “trapalhada” a gestão do Executivo nesta máteria nos últimos 11 anos.
Na resposta, Francisco César, comentou: “Geriu melhor do que o PSD geriu as europeias”, provocando a contestação da bancada social democrata.
Os restantes partidos e forças (CDS-PP, BE, CDU e PPM), frisaram a necessidade de se conhecerem alternativas e apurar responsabilidades.
Olímpia Granada (in AO)