Governo intensifica ações de formações para polícias sobre violência doméstica

O Governo pretende intensificar no próximo ano as ações de formação com as forças de segurança no que respeita à violência doméstica de modo a que as queixas das vítimas não sejam desvalorizadas.
 

“O que ouvimos dizer é que é preciso que as polícias tivessem uma formação mais alargada e maciça de modo a que as queixas das vítimas não sejam desvalorizadas”, afirmou a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, na cerimónia de encerramento das Jornadas Nacionais Contra a Violência Doméstica, em Lisboa.

Nesse sentido, adiantou, o objetivo é “intensificar no próximo ano as ações de formação com as forças de segurança”, em parceria com o Ministério da Administração Interna.

Em declarações aos jornalistas, Teresa Morais adiantou que “há três áreas que estão identificadas como prioritárias: formação de polícias, ações nas escolas e na área da saúde”.

A governante afirmou que “o país falhou na educação a diversos níveis nos últimos anos”, considerando que “a escola é um elemento sinalizador muito importante, um meio privilegiado para identificar sinais de violência”.

Em relação aos profissionais de saúde, acrescentou, o objetivo é preparar médicos e enfermeiros “para reconhecerem os sinais de violência doméstica”.

A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade disse que o Governo está “muito tranquilo” em relação ao esforço que está fazer, realçando que os resultados são imprevisíveis.

Na cerimónia foi formalizado o apoio financeiro à autonomização das vítimas de violência doméstica acolhidas em casas de abrigo, no valor global de meio milhão de euros.

“A ideia é avaliar o que as mulheres precisam quando saem das casas abrigo, porque saem rigorosamente sem nada”, defendeu.

Este apoio financeiro para as vítimas de violência doméstica, acolhidas em casas abrigo, poderem recomeçar uma vida fora das instituições, é proveniente das verbas dos jogos sociais explorados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O Governo anunciou ainda o apoio financeiro no valor de cerca de 300 mil euros para 11 entidades da rede pública de casas de abrigo, que sinalizaram a disponibilidade para aumentar o número de vagas destinadas ao acolhimento de situações de emergência. Este apoio será concretizado no início de 2013.

 

Lusa

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