O Governo dos Açores vai introduzir um novo meio na luta contra a praga do escaravelho japonês em várias ilhas da Região – um fungo produzido localmente que pode causar a morte dos adultos e das larvas.
O agente microbiológico em causa – o metarhizium anisopliae – começou já a ser produzido com o apoio técnico assegurado pelos Estados Unidos ao abrigo do acordo das Lajes, devendo ser utilizado no Verão do próximo ano nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.
Segundo o Governo, a nova técnica consiste na colocação do fungo em armadilhas onde os escaravelhos adultos serão contaminados, libertando-se, depois, para contaminar outros insectos (adultos e larvas).
Os exemplares contaminados morrem ao fim de quatro a cinco dias, um intervalo de tempo considerado suficiente para que ocorra a distribuição do fungo.
Para o Executivo, os problemas causados nos Açores pelo escaravelho japonês têm mais a ver com o seu estatuto de “praga de quarentena” do que de quantidade, uma vez que “quer os estragos provocados quer nas culturas agrícolas, quer o seu controlo, não apresentam dificuldades excepcionais quanto comparados com outras pragas ou doenças ‘menos visíveis’ típicas das culturas agrícolas”.
Apesar disso, os serviços oficiais vão empenhar-se na intensificação e integração de todos os meios de luta: cultural, biotécnica e biológica, valorizando a protecção do ambiente.
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