Falando aos jornalistas à saída de uma audiência com a nova administração da Transinsular, Vasco Cordeiro afirmou a sua confiança na administração da Atlânticoline e na forma como ela tem gerido, quer os constrangimentos na vinda do segundo navio para o transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores, quer a política de comunicação sobre esta matéria. Recorde-se que os problemas no transporte marítimo já levaram no passado à queda de uma administração da Atlânticoline.
Respondendo mesmo à questão de haver um ‘enguiço’ nos transportes marítimos, Vasco Cordeiro disse que “a questão não se coloca em termos de ‘enguiço’ e há que reconhecer, com boa fé, que houve aqui algumas situações imprevisíveis, houve questões que o Governo não gostaria que acontecessem, contudo o que é esperado é que, face a esses mesmos imprevistos, sejamos capazes de resolver da melhor forma e com o menor inconveniente possível as situações que se apresentam”.
Sobre o Anticiclone, o segundo navio que o Governo Regional mandou construir nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e questionado sobre se o Governo desistiu ou não de o receber, tal como o fez com o Atlântida, Vasco Cordeiro negou que isso tenha acontecido e lembrou que “já passou efectivamente o prazo de entrega do navio, mas o contrato prevê um conjunto de passos que têm que ser dados e deve-se deixar neste momento o contrato seguir normalmente o seu percurso de vida”.
Também quanto à intenção do empresário luso-canadiano, João Amaral, de fazer o transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores com o navio Atlântida, pagando durante dez anos a prestações os 32 milhões de euros que o Governo Regional já investiu no navio, o secretário regional da Economia, perante a actual posição do Governo de recusar o Atlântida, apenas disse que “essa é uma questão que tem de ser tratada entre o empresário que quer adquirir o Atlântida e os estaleiros e o Governo não tem de se meter numa intenção de aquisição por parte de um empresário”.
Vasco Cordeiro recebeu em audiência de apresentação de cumprimentos o novo presidente do conselho de administração da Transinsular, António Stock da Cunha, que tomou posse no início deste mês. Sobre a breve reunião, o secretário da Economia lembrou apenas que se espera da Transinsular e “de qualquer outra empresa” que faça o transporte marítimo de carga, a “continuação deste serviço nas melhores condições possíveis, para permitir que a nossa economia tenha as melhores respostas para a necessidade das empresas”.
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