O presidente do PSD/Açores considerou hoje que o “regime socialista” que governa a Região há 20 anos “perdeu energia para resolver os problemas” dos açorianos, limitando-se a “fazer campanha” para se manter no poder.“Este regime socialista já perdeu a energia para resolver os problemas que criou e a capacidade para reivindicar perante a República. Limita-se a fazer campanha para se manter no poder. Os açorianos precisam de esperança no futuro e de uma Autonomia de resultados”, afirmou Duarte Freitas, em conferência de imprensa.
Para o líder dos social-democratas açorianos a recente visita do primeiro-ministro aos Açores serviu apenas para “ajudar” o governo regional socialista “em dificuldades”, dando como exemplos os maus resultados da governação da Região nas áreas da saúde e educação e o “momento crítico” na agricultura e pescas.
“É neste contexto muito difícil para o governo regional socialista que se deve analisar a visita do primeiro-ministro aos Açores. António Costa veio tentar ajudar os socialistas açorianos em dificuldades”, disse.
Duarte Freitas sublinhou que as críticas à atuação do governo regional “não vêm apenas da oposição ou da sociedade civil” açorianas, mas também “dos próprios socialistas que, de braços caídos, reconhecem a situação difícil em que colocaram os açorianos”.
“Estamos no final de 20 anos de regime socialista, que termina com o pior governo regional de sempre e com um presidente sem capacidade de liderança”, disse.
O presidente do PSD/Açores defende que foram os próprios governantes socialistas regionais a admitir o insucesso das suas políticas, que levaram a que “coesão social e territorial tenha sido colocada em causa pelo regime socialista de 20 anos”.
“O anterior presidente do governo dizia que a saúde era o calcanhar de Aquiles da governação. O secretário da educação diz que o insucesso escolar é uma calamidade. O próprio presidente do governo regional atual diz que o sector leiteiro está perante uma tempestade perfeita e que as pescas necessitam de um resgate”, afirmou.
O líder dos social-democratas açorianos revelou ainda a educação, a saúde e a agricultura são áreas que considera “vitais” para o desenvolvimento económico e social dos Açores.
Duarte Freitas referiu que a educação é para o PSD/Açores uma “prioridade” e garantiu que um futuro governo regional social-democrata se compromete, nos próximos 10 anos, a “reduzir para metade o abandono escolar precoce, equiparar o sucesso escolar à média nacional, reduzir o desemprego e a desocupação jovem para metade, reforçar a ação social escolar e valorizar a função docente, desburocratizando o trabalho dos educadores e professores”.
O presidente do PSD/Açores referiu também que os açorianos “sentem bem as dificuldades” por que passa a saúde na Região, com “50 mil açorianos sem médico de família e mais de 10 mil em lista de espera por uma cirurgia.
“O PSD/Açores compromete-se a desenvolver novas formas de organização na prestação de cuidados primários que aumentem a cobertura da população, a retomar a deslocação de especialistas às ilhas sem hospital, evitando a deslocação dos doentes da sua ilha de residência, a criar um programa de recuperação de listas de espera cirúrgicas, respeitando um tempo máximo de espera e comprometemo-nos ainda a reformular o regime de reembolsos”, assegurou.
Duarte Freitas acrescentou que a agricultura é um “setor fundamental” da economia açoriana, estando o setor leiteiro a atravessar um “momento crítico, com diminuição considerável dos rendimentos dos produtores”.
“O PSD/Açores compromete-se a criar nos primeiros seis meses de mandato a representação dos Açores em Bruxelas, o observatório do leite e uma associação interprofissional de toda a fileira do leite. Compromete-se ainda a constituir um fundo mutualista para a agricultura com recurso a fundos comunitários para compensar agricultores nas crises de preços e a defender a criação de um mecanismo europeu de intervenção para quando os preços à produção descerem abaixo de um determinado valor”, disse.
Segundo o líder dos social-democratas, o PSD/Açores “assume-se como partido de alternativa de poder, com propostas próprias e que lançamos à avaliação dos açorianos nas próximas eleições regionais”.
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