Em causa está o facto de o líder madeirense, num comício realizado na quarta-feira na freguesia da Boaventura, concelho de S. Vicente, ter afirmado que os Açores, apesar de terem recebido do anterior Governo da República três vezes mais dinheiro do que a Madeira, “continuam atrasados”.
Na resposta, em declarações aos jornalistas, Sérgio Ávila frisou que “não existe uma discrepância de desenvolvimento entre as duas regiões”.
“Basta utilizar os indicadores referidos por Alberto João Jardim e deduzir, obviamente, o efeito artificial da Zona Franca da Madeira, avaliado pelo próprio Governo Regional e por diversas entidades em 30 por cento do PIB, para se perceber que os Açores e a Madeira têm essencialmente o mesmo PIB ‘per capita’ real e desenvolveram trajectórias de convergência com a média nacional e europeia muito semelhantes, apesar de os Açores serem nove ilhas e a Madeira apenas duas”, afirmou.
Para Sérgio Ávila, “a grande diferença entre as duas regiões é que, tendo níveis de desenvolvimento muito semelhantes em termos de PIB ‘per capita’, nos Açores esse crescimento foi concretizado sem hipotecar o futuro e na Madeira os mesmos resultados só foram atingidos recorrendo a uma dívida pública incontrolável, que originou uma situação financeira atual insuportável”.
“Nós fizemos apenas o que conseguíamos pagar e crescemos sensivelmente o mesmo que a Madeira, que vai ter que pagar no futuro por aquilo que já fez”, frisou o vice-presidente do Governo Regional dos Açores.