O chefe do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) frisou que o contexto atual, marcado pelas consequências sociais e económicas da pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia, “enche a vida de incertezas”, o que, em conjunto com a inflação e “a elevada” subida das taxas de juro, “exigem uma atenção” acrescida que possibilite “respostas constantes e assertivas para os que mais precisam”.
O social-democrata reiterou que a anteproposta do Plano e Orçamento tem para 2023 “o maior investimento público de sempre nas áreas sociais”.
José Manuel Bolieiro referiu também que em 2023 o executivo vai “continuar a investir na proteção social dos açorianos” e na “salvaguardada da sustentabilidade” das santas casas da misericórdia e das instituições particulares de solidariedade social.
“Vamos apoiar os mais frágeis, mas também a classe média que é penalizada de forma especial agora neste contexto, visto que há um inesperado aumento das taxas de juros. É preciso também olhar para a sustentabilidade e viabilidade destas famílias com estes compromissos bancários para habitação própria não se tratando de um luxo, mas sim de uma necessidade de economia solidária”, sustentou.
O presidente do Governo dos Açores alertou para a necessidade de um contributo coletivo perante aqueles que mais “precisam de uma mão”.
“A pior coisa que pode acontecer é sentir a indiferença do outro”, sustentou, lembrando que os Açores estão “na frente das regiões com maior risco de pobreza a nível nacional”, situação que é preciso “combater”.
O chefe do governo regional acrescentou: “Os Açores estão confrontados com a necessidade de responder eficazmente à pobreza e à exclusão social para que possamos percorrer o caminho de verdadeiro desenvolvimento sustentado social. Não podemos, não devemos ficar indiferentes a este estado de alma, que não nos prestigia, mas ignorá-lo é mantê-lo. Reconhecê-lo é trabalhar para combatê-lo”.
Bolieiro garantiu ainda que o executivo açoriano tem definido as suas políticas e ação “com lugar para a participação” da sociedade civil, parceiros sociais e instituições.
“Connosco os parceiros sociais são determinantes na configuração e avaliação dos resultados das políticas de desenvolvimento. O futuro exige-nos credibilidade nas propostas e eficácia na sua execução”, vincou o presidente do governo regional.
Lusa