“Há ainda mais 20 milhões de euros disponíveis para aprovar novos projetos, o que significa que os agricultores açorianos estão apostados em encarar com otimismo o futuro, investindo para tornar as suas explorações mais competitivas”, adiantou Fátima Amorim.
A responsável, que falava à agência Lusa à margem das comemorações do Dia do Agricultor da Ilha Terceira, a que presidiu em representação do presidente do governo regional, fez notar que “não há desemprego no setor agro-pecuário dos Açores”.
“O programa PRORURAL – que se iniciou em 2007 e decorre até 2013 – tem tido uma adesão por parte dos agricultores que têm por objetivo preparar-se para o futuro através da modernização”, asseverou Fátima Amorim.
Por outro lado, garantiu que “tudo tem sido feito junto da Comissão Europeia para assegurar o mesmo nível de verbas destinadas aos Açores”.
“A informação que nos chegou de Bruxelas indica que o orçamento comunitário para a agricultura será mantido e se assim for a sua distribuição é depois um problema interno de cada Estado-membro”, esclareceu a DRACA.
Por seu turno o presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT), Paulo Ferreira, manifestou-se crente de que “apesar da crise os agricultores têm de continuar a trabalhar pois não há outra forma de alimentar a sociedade mundial”.
“Não se ganha o que é justo, mas as receitas vão dando à justa para as despesas, pelo menos nas explorações de maior dimensão, enquanto outras, poucas, vão à falência na maioria dos casos devido a heranças com dívidas e outras por serem mais pequenas e frágeis”, revelou.
Também garantiu que “o desemprego não atinge o setor, o que é um sinal para os governantes pois a esse nível não têm com que se preocupar”.
Durante a festa, com mais de quatro centenas de participantes, a AAIT atribui diversos troféus aos animais melhores produtores e foi inaugurada, no futuro Museu da Agricultura, uma exposição sobre o “antigo amanho da terra” com instrumentos usados no passado pela lavoura da ilha.