Governo Regional questiona declarações sobre impacto das SCUT

O Governo Regional dos Açores questionou as declarações proferidas pelo economista Mário Fortuna sobre o projeto SCUT em S. Miguel, considerando que o estudo em que se baseiam “são um contributo para acabar com as autonomias”.

“No fundo, estudos desse tipo são um contributo para acabar com as autonomias e o desenvolvimento das Regiões Autónomas e da sua coesão económica, social e territorial”, refere uma nota divulgada pela Vice-Presidência do executivo e pela Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos. A posição do Governo Regional surge depois de Mário Fortuna ter afirmado que a construção de novas estradas no regime de portagens sem custos para o utilizador (SCUT) em curso em S. Miguel não perspetiva “impactos positivos líquidos para a economia dos Açores”. Esta conclusão, segundo revelou à Lusa o diretor do Departamento de Economia e Gestão da Universidade dos Açores, foi apurada por um ensaio sobre o impacto do empreendimento, que está em execução no quadro de uma parceria público-privada. O executivo açoriano salienta que “qualquer modelo académico que se desenvolva pode dar qualquer resultado, depende das variáveis utilizadas, dos ponderadores que se definam e dos resultados que se pretende valorizar”, salientando que, “neste contexto, é possível fazer modelos económicos para todas as conclusões”. “Questionar investimentos sem previamente discutir modelos de análise, o que é ponderado e como é ponderado, não permite chegar a conclusão nenhuma”, acrescenta a nota do executivo, assinalando que “é possível criar modelos que demonstrem que é economicamente mais rentável não viver ninguém nos Açores e não haver despesa pública nos Açores, basta introduzir e valorizar determinados aspetos em detrimento de outros”. Nesse sentido, refere que “existem modelos para todos os gostos e que chegam a todas as conclusões que se deseje”. Para o Governo Regional, o projeto das SCUT de S. Miguel respeita todos os parâmetros técnicos e ambientais, o que lhe confere “mais valias no índice de desenvolvimento”, além dos efeitos positivos que terá na economia da ilha.

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