“Este ano fizemos uma operação de promoção junto de todos os países que têm emissão de turistas para os Açores, nomeadamente Holanda, Alemanha, Itália, França, Luxemburgo, Bélgica, Polónia, Canadá e EUA, e foi tudo cancelado porque como se sabe só há um voo diário [durante a greve] que não tem capacidade para trazer todos esses turistas aos Açores”, afirmou.
Francisco Coelho, que falava em Ponta Delgada, no final de uma audiência com o presidente do Governo Regional, realçou que “os Açores ficaram a perder”, mas apesar de tudo considera ser “uma batalha ganha” ter-se conseguido fazer chegar à região “a organização direta do Eurosport, bem como a FIA [Federação Internacional do Automóvel]”.
O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, admitiu o impacto da greve no evento desportivo mas considerou que a administração da SATA, o seu executivo e a organização do Sata Rallye Açores têm conseguido ultrapassar com sucesso “os desafios” colocados pela greve na companhia aérea.
“Do ponto de vista da SATA, de vários departamentos do Governo e desde logo daquele que é o esforço e o trabalho do Grupo Desportivo Comercial, nós temos feito tudo para ultrapassar estes desafios que estão a ser colocados aos Açores, que estão a ser colocados a esta prova e por aquilo que tive oportunidade de constatar julgo que temos conseguido ultrapassar com sucesso”, afirmou.
Vasco Cordeiro assumiu que o apoio de 800 mil euros que o executivo disponibilizou para a realização do rali se justifica com o retorno que existe através “do aparato mediático que rodeia a prova com a transmissão para todo o mundo”.
“Estamos a falar de um investimento com um elevadíssimo retorno no que tem a ver, desde logo, com a projeção mediática dos Açores no exterior. E é por aí que se justifica esse apoio do Governo no sentido de tornar cada vez mais conhecidas as nossas ilhas, a nossa Região e aquilo que temos para oferecer”, disse.
Lusa