A direcção nacional do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde
decidiu, em reunião conjunta com todos os órgãos sociais, decretar a
greve dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica do Serviço
Nacional de Saúde, nos dias 28 e 29 de Maio.
Esta decisão assenta no facto dos técnicos superiores de diagnóstico e
terapêutica, das áreas de análises clínicas, anatomia patológica,
audiologia, cardiopenumologia, dietética, farmácia, fisioterapia,
higiene oral, medicina nuclear, neurofisiologia, ortoprotesia,
ortóptica, prótese dentária, radiologia, radioterapia, saúde
ambiental, terapia da fala e terapia ocupacional, serem os únicos
profissionais de saúde com os quais o Ministério da Saúde ainda não
iniciou qualquer negociação para a revisão da actual carreira. Isto
depois de não ter havido margem para negociação, uma vez que a revisão
da carreira destes profissionais consta de um acordo firmado com o
Governo, que deveria ter sido executado no ano 2000.
Nos últimos anos, o Sindicato considera que se agravaram todas as
condições de remuneração, empregabilidade e condições de trabalho.
Estima-se que 90% dos formados em 2009 não terem perspectivas de emprego.
Sentindo-se descriminados nas suas legítimas aspirações, nomeadamente
quanto à aplicação de leis que o próprio Governo criou, os técnicos
superiores de diagnóstico e terapêutica endossam ao Governo todas as
responsabilidades e consequências da greve que, inevitavelmente, irá
condicionar todas as áreas da prestação de serviços e cuidados de saúde.
Nos Açores, prevê-se uma adesão alta em todos os Hospitais e Centros
de Saúde da região.
Os serviços mínimos serão garantidos.