Arrancou hoje à meia-noite a greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) para a SATA, que deverá prolongar-se até 28 de Junho, prevendo-se perturbações em voos da transportadora aérea dos Açores e também nos da TAP para o arquipélago, uma vez que esta greve é composta na sua maioria por pessoal de terra.
Apesar de terem sido definidos os serviços mínimos, o SINTAP alega que esta greve só avançou porque a SATA persiste na ilegalidade prejudicando 15 trabalhadores pela sua filiação sindical, “não privilegiando o diálogo nem mostra qualquer preocupação com a paz social”, reiterando a vontade de resolver o conflito pela via do diálogo.
Esta é a quinta paralisação convocada pelo SINTAP, desta vez a tempo inteiro, que avança apesar da administração da transportadora aérea SATA ter garantido esta semana estar disponível para negociar com o SINTAC.
A SATA tem “todo o gosto em negociar” com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), “como com qualquer outro sindicato”, mas não o faz com pré-avisos de greve ou paralisações em curso, disse esta segunda-feira à Lusa o presidente do Conselho da Administração da transportadora aérea dos Açores, Luís Parreirão, revelando que “a empresa chamou todos os sindicatos que representam trabalhadores da SATA (incluindo o SINTAC) para uma reunião negocial a 01 de julho sobre a aplicação do Orçamento do Estado de 2014 na transportadora, depois do chumbo do Tribunal Constitucional (TC) aos cortes salariais”.
Na base deste conflito está um acordo assinado pela companhia e todos os sindicatos que em 2013 representavam os trabalhadores da SATA, que visava compensa-los parcialmente, pelos cortes previstos no Orçamento do Estado, com contrapartidas por parte dos trabalhadores, nomeadamente uma maior “flexibilidade” a nível da organização do trabalho. Mais tarde alguns trabalhadores filiaram-se ao SINTAP que reivindica a aplicação do mesmo acordo que foi conseguido na TAP não aceitando o acordo assinado com os restantes sindicatos.